Dados do Trabalho

Título

ESOFAGECTOMIA TRANSHIATAL LAPAROSCÓPICA + FARINGOLARINGECTOMIA COM ANASTOMOSE FARINGOGÁSTRICA MICROCIRURGICA

Resumo

Paciente do sexo feminino, 55 anos, com antecedente de Carcinoma espinocelular de aritenoide tratado com quimiorradioterapia em 2014, com resposta completa. Manteve seguimento clínico desde então, mantendo uso de traqueostomia devido laringe disfuncional e dilatações endoscópicas devido estenose actínica esofágica. Há 1 ano apresentando piora da disfagia. Como antecedente pessoal, apresenta hipotireoidismo em uso de levotiroxina, ex-tabagista 10 maços.ano (cessou há 10 anos). Realizou Endoscopia Digestiva Alta com achado de estenose intransponível em cricofaríngeo e lesão nesta localidade, ulcerada com componente plano extenso, avermelhada, medindo 5cm de extensão e ocupando 75% ad circunferência. Biópsia da lesão resultou em CEC moderadamente diferenciado. Endoscopia digestiva alta realizada via gastrostomia sem outros achados. Tomografia computadorizada evidenciando área hipoatenuante em hipofaringe e em região lateral da prega vocal esquerda em íntimo contato com lâmina esquerda da cartilagem tireoide. Devido confirmação de CEC moderadamente diferenciado de hipofaringe, recidivado, optado em reunião multidisciplinar por realização de esofagectomia transhiatal videolaparoscópica com faringolaringectomia, com anastomose microcirurgica faringogástrica (reconstrução com tubo gástrico). A anastomose faringogástrica apresenta alto risco de deiscência, e a anastomose microcirúrgica venosa e arterial visa reduzir este risco. Paciente apresentou boa evolução, sem intercorrência e sem ocorrência de fístula, com alta hospitalar no 10° dia pós-operatório, realizando treinamento de dieta via oral e uso da traqueostomia definitiva.