Dados do Trabalho

Título

Tratamento cirúrgico de pseudocisto pancreático e pseudoneurisma de artéria esplênica em paciente com pancreatite crônica: Relato de Caso Clínico

Resumo

Introdução: O pseudoaneurisma de artéria esplênica secundário à pancreatite crônica é uma complicação vascular incomum e possivelmente grave. Existem três mecanismos que podem desencadear a formação do pseudoaneurisma: inflamação grave e autodigestão enzimática da artéria pancreática ou peripancreática produzindo ruptura arterial com formação de pseudoaneurisma; um pseudocisto estabelecido erodindo em uma artéria visceral, convertendo assim o pseudocisto em um grande pseudoaneurisma; e um pseudocisto erodindo a parede intestinal com sangramento da superfície da mucosa1. Estudos relataram que os pseudoaneurismas secundários à pancreatite ocorrem, na maioria das vezes, na artéria esplênica, seguida pelas artérias gastroduodenal, pancreaticoduodenal, gástrica esquerda e hepática comum2. Os pseudoanerismas hemorrágicos podem ter até 40% de taxa de mortalidade dependendo das condições clínicas do doente, da localização, do padrão, das particularidades da lesão e da abordagem cirúrgica optada1. O instante do rompimento é repentino; desta maneira, o diagnóstico precoce e um manejo adequado são fundamentais no combate dos desfechos fatais3,.

Objetivo: relatar o caso de um paciente portador de pancreatite crônica que passou por drenagem transgástrica de pseudocisto pancreático e posterior ligadura de artéria esplênica devido a um pseudoaneurisma de artéria esplênica.

Método: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos e revisão da literatura.

Resultados: a tomografia de acompanhamento de 3 meses de pós-operatório indicou remissão total da doença.


Considerações: pode-se concluir que pseudocistos pancreáticos e alcoolismo podem ser fatores predisponentes para o desenvolvimento de complicações vasculares.

Área

Cirurgia - Pâncreas