Dados do Trabalho

Título

Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) versus drenagem transparieto hepática (DTPH) para drenagem biliar em pacientes com colangiocarcinoma perihilar (CCPH): Uma revisão sistemática e metanálise

Introdução

A drenagem biliar para colangiocarcinoma perihilar (CCPH) pode ser realizada por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica ou por drenagem transparieto hepática (DTPH). Até o momento não há consenso sobre qual o melhor método. Levando isso em consideração, o objetivo deste estudo é comparar a drenagem biliar endoscópica (DBE) com a drenagem transperieto hepática em pacientes com colangiocarcinoma peri-hilar por meio de uma revisão sistemática e metanálise. Uma pesquisa abrangente foi realizada com base em vários bancos de dados eletrônicos. Os resultados avaliados incluíram sucesso técnico, sucesso clínico, complicações pós-drenagem (colangite, pancreatite, sangramento e complicações graves), crossover, tempo de internação e metástases de trânsito. Os dados extraídos dos estudos foram usados para calcular as diferenças médias (DM). Dezessete estudos foram incluídos, com um total de 2.284 pacientes (DBE = 1.239, DTPH = 1.045). Considerando CCPH ressecável, o grupo DTPH demonstrou menores taxas de crossover (RD 0,29; IC 95% 0,07,0,51; P=0,009 I²=90%), complicações pós-drenagem (RD 0,20; IC 95% 0,06,0,33; P<0,0001 ; I²=78%) e pancreatite pós-drenagem (RD 0,10; IC 95% 0,05,0,16; P<0,0001; I²=64%). O grupo DBE apresentou tempo de internação reduzido (RD -2,89; IC95% -3,35,-2,43; P<0,00001; I²=42%). Considerando CCPH paliativo, o grupo DTPH demonstrou maior sucesso clínico (RD -0,19; IC 95% -0,27,-0,11; P<0,00001; I²=0%) e menos colangite pós-drenagem (RD 0,08; IC 95% 0,01, 0,15; P=0,02; I²=48%) quando comparado ao grupo DBE. Não houve diferença estatística entre os grupos em relação a: sucesso técnico, sangramento pós-drenagem, complicações pós-drenagem graves e metástases de trânsito.