XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico dos exames endoscópicos em um hospital quaternário da cidade de São Paulo

Introdução

A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é um exame muito utilizado no Brasil e no mundo, e vem ganhando cada vez mais destaque devido ao aumento no leque de possibilidades diagnósticas e terapêuticas possíveis com as novas tecnologias.

A esofagogastroduodenoscopia flexível, consiste na passagem via oral de um aparelho flexível e visualização óptica da imagem, permitindo avaliação, diagnóstico e terapêutica do esôfago, estômago e duodeno.

Das indicações de EDA diagnóstica temos principalmente investigações associadas a dor abdominal, diarréia, dispepsia, disfagia, ingesta de corpo estranho, DRGE, hérnia hiatal, doença celíaca, pesquisa de varizes esofagogástricas e rastreio / diagnósticos de neoplasias do trato digestivo alto dentre outras. Quanto à terapêuticas temos hemostasia, remoção de corpos estranhos, polipectomias, ressecções de lesões, gastrostomias, sondas enterais, e passagem de próteses.

No Brasil, estima-se que sejam realizados cerca de 1.700 exames de EDA diagnóstica e 350 terapêuticas a cada 100.000 habitantes.

OBJETIVO
Analise do perfil epidemiológico de exames de Endoscopia Digestiva Alta em um hospital quaternário da cidade de São Paulo, durante o ano de 2022, após retorno e normalização das agendas ambulatoriais pós pandemia de Covid-19.

MATERIAIS E MÉTODOS
Realizada autoavaliação com os residentes do Serviço de Endoscopia Digestiva e Respiratória de um hospital escola da cidade de São Paulo no período de Maio a Julho de 2022. Coletados dados sobre cada procedimento, achados críticos e procedimentos realizados (biópsias, polipectomias, hemostasia, dilatação, entre outros) para melhor entender o perfil e achados endoscópicos no setor.

Foram analisados 1345 Endoscopias DIgestiva Alta analisando-se a indicação, procedimentos realizados e achados críticos de cada exame:

Idade dos pacientes: 40,3% na faixa etária de 45-65 anos, faixas mais jovens com 14-30 anos (7,5%), crianças 5-13 anos (3%) e crianças menores que 5 anos (3%).
Procedimentos realizados foram biópsias (45,4%), sendo todos os outros procedimentos presentes em uma taxa de até 4,5%.
Sobre os achados críticos ressalta-se a suspeita de neoplasia em 6% dos casos, e sangramentos em 1,1%.

Conclui-se então uma prevalência de exames diagnósticos com realização de biópsia, além de uma quantidade significativa de exames infantis e suspeitas de neoplasia, devendo-se complementar este trabalho com análises mais sucintas e direcionadas a esses públicos e diagnósticos específicos.

Área

Endoscopia - Endoscopia digestiva alta

Autores

Paulo Ayroza Ribeiro Filho