XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Evidências científicas de que uso do composto bioativo de beta ionona não possui ação quimiopreventiva em casos de hepatocarcinogênese

Resumo

Introdução: Entre os maiores problemas de saúde pública encontra-se o câncer. Enquanto o carcinoma hepatocelular é o que mais acomete o fígado. O carcinoma hepatocelular pode ter múltiplos desencadeantes, como a esteatose hepática não alcóolica. A Beta ionona, um bioativo presente em uvas e aromatizantes de vinho demonstra em estudos um potente efeito quimiopreventivo através da sua capacidade de reduzir o tamanho da lesão pré neoplásica. Objetivo: O trabalho tem como objetivo analisar as evidências científicas a cerca do efeito quimiopreventivo da Beta ionona em casos de carcinoma hepatocelular. Método: Esta é uma revisão de literatura em que estão sendo seguidos os passos recomendados pelos Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises – PRISMA. Para a revisão de literatura, foi utilizado o método PICO, em que uma questão a questão formulada para guiar a pesquisa foi: Quais são as evidências científicas de que a beta ionona tem ação quimiopreventiva em casos de hepatocarcinogênese? Para responder à questão, foram utilizados bancos de dados como PubMed, Scielo, USP, Google Acadêmico, INCA e BVL Saúde, utilizando os descritores em português e consequentemente artigos encontrados nos bancos de dados supracitados. . Resultados: Na análise de artigos foi possível identificar que a Beta ionona tenha causada possível inibição proliferativa por induzir um bloqueio do ciclo celular na fase G1 de células neoplásicas. Além do bloqueio no ciclo, a beta ionona apresentou capacidade de redução do processo de diferenciação das células ovais, da intensidade de danos no DNA hepático. Observa-se também inibição do desenvolvimento de fibrose hepática em diferentes estágios através da sua capacidade de reduzir a concentração de colágeno intra hepático. O composto bioativo inibe também as vias da PI3K/AKT e MAPK/ERK, cujas estão envolvidas com o crescimento e proliferação celular, quando estão desreguladas, na hepatocarcinogênese. Desse modo, o bioativo de beta ionona apresenta efeito quimiopreventivo nas etapas iniciais da cacinogênese hepática. Conclusão: O composto apresenta efeito quimiopreventivo na hepatocarcinogênese, contudo, a beta ionona encontra-se com baixa biodisponibilidade sendo necessário um consumo exacerbado ao valor humano para atingir doses com efeito terapêutico considerável.

Área

Gastroenterologia - Fígado

Autores

Maria Clara Tosatto