XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Gist gástrico- estatísticas e fatores ralacionados ao prognóstico

Resumo

O tecido estromal pode ser sítio da formação de diversos tumores, sendo o GIST o tumor estromal mais comum do trato gastrointestinal (TGI), derivados das células de Cajal. Tumores localizados em outros sítios que não o estômago tem como recomendação a ressecção cirúrgica independente de seu tamanho ou morfologia. São princípios de uma cirurgia efetiva, ressecção com margens macroscópicas livre de doença, ressecção em bloco de todo o tumor e órgão acometidos, não ruptura de sua cápsula. Pacientes com lesões com alto índice de recidiva, devem realizar tratamento adjuvante com medicação inibidora da tirosinoquinase (Imatimibe). A avaliação de mutação gênica do PDGFRA D842V, pode significar baixa resposta ao imatimibe. (5). Em caso de resistência o tratamento adjuvante, intolerância ao imatimibe ou progressão da doença, o Sinitimib pode ser usado com droga de segunda escolha ou o Regorafenib como droga de terceira escolha (3). A associação entre cirurgia e Imatimibe no tratamento de lesões avançadas demonstrou 88,4% de pacientes livres de doença 2 anos após a cirurgia. (5)O tratamento neoadjuvante pode ser considerado em pacientes com ausência de metástases, sem possibilidade de ressecção completa da lesão (R0) em exames de imagem. O tratamento se faz com imatimibe por de 4 a 12 meses, sendo indicada ressecção tão logo quando possível. Os fatores prognósticos mais importantes incluem o tamanho do tumor, seu sítio primário e o índice de mitoses por campo. A presença de tumores malignos associados ao GIST é um fator isolado de mal prognóstico da doença (3). Segundo a Classificação de OSLO, um importante fator prognóstico está na presença d ruptura do tumor identificada em procedimento cirúrgico, sendo este um fator determinante no curso da doença. O objetivo deste estudo é analisar os pacientes operados pelo Serviço de Estômago e Intestino Delgado do HCFMUSP e IGESP com GIST gástrico, sendo analisados retrospectivamente pacientes com diagnóstico de GIST operados pelo Serviço de Cirurgia do Estômago e Intestino Delgado da Divisão de Clínica Cirúrgica II do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Hospital IGESP no período de janeiro de 2001 a julho de 2021. Dos pacientes analisados, todos com critérios de ruptura tiveram retorno da doença após cirurgia. Os resultados mostram que a ruptura tumoral identificada em cirurgia é um importante fator para determinar o curso da doença, sendo um importante fator prognóstico

Área

Cirurgia - Estômago

Autores

FERNANDO FURLAN NUNES, Marina Alessandra Pereira, André Roncon Dias, Ulysees Ribeiro-juniro, Bruno Zilberstein, Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos, Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque