Dados do Trabalho

Título

DIVERTICULITE DE INTESTINO DELGADO: UM RELATO DE CASO

Resumo

Apresentação do Caso: Paciente do sexo masculino, 77 anos de idade, apresentava hipertensão arterial sistêmica (HAS) e obesidade grau I, sem alergias ou cirurgia prévia. Evolução crônica de constipação e flatulência, sem propedêutica adequada. Apresenta quadro de dor abdominal difusa e piora progressiva em 12 horas, com vômito, sem sinais de alarme e com leve sinal de desidratação. Na admissão foi feita tomografia computadorizada e revisão laboratorial, a qual revelou PCR elevada e leucocitose. Em 12 horas com hidratação, reanimação volêmica, analgesia e antibioticoterapia houve melhora da leucocitose e piora da PCR. A TC revelou diversos divertículos colônicos e de intestino delgado sem sinais inflamatórios, exceto um, em topografia de mesogastro, com perfuração, pneumoperitônio regional e plastrão (planos inflamados e espessados).
Discussão: Aproximadamente dois terços da população em torno de 80 anos, é frequentemente acometida pela doença diverticular intestinal. Os sinais clínicos e sintomas da doença diverticular do intestino delgado são vagos e inespecíficos, concomitante a isso, em razão de sua raridade, o diagnóstico é mais tardio e difícil. O método de definição diagnóstica muitas vezes se dá pela TC, como em nosso relato de caso.  A TC é de grande importância na elucidação do diagnóstico, posto que os sintomas e sinais são imprecisos e por consequência o diagnóstico é complexo e tardio. Apesar dos avanços no tratamento e diagnóstico, as taxas de mortalidade por diverticulite perfurada de intestino delgado mantêm-se altas, variando de 21 a 40%. 
Comentários finais: A importância deste relato de caso é servir de alerta para uma causa incomum de abdome agudo se não diagnosticada e manejada prontamente como no caso apresentado, visto que entre o início dos sintomas e o desfecho cirúrgico passaram-se pouco mais de 24 horas. Além disso, a chance de mortalidade do paciente.