Dados do Trabalho
Título
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA POR LESÃO DE DIEULAFOY: RELATO DE CASO
Resumo
APRESENTAÇÃO:Feminina,74 anos, proveniente do interior do Estado chega à emergência,com história de inapetência,astenia há dois dias,evoluindo com sensação de desmaio há cerca de 15h.Relata síncope ao levantar-se para ir ao banheiro com liberação esfincteriana e fezes escurecidas.Negava varizes esofágicas, uso de antiinflamatórios,antiagregantes e/ou anticoagulantes. REG,orientada,consciente,verbalizando sem dificuldades,eupneica em ar ambiemte,acianótica,anictérica,hidratada,nuca livre. Ausculta cardíaca e respiratória sem alterações.Exame abdominal sem alterações.PA 127x57 mmHg,Tax 36,4º,FC 120 bpm, FR 18 irpm, SPO2 100%,HGT 171mg/dL.Hb 6,9mg/dL, Ht 20,3mg/dL,PLQ 169 mil. Realizada EDA evidenciando grande quantidade de coágulos e resíduos hemáticos, sem sangramento ativo.Sugerida EDA no dia seguinte – esofagite erosiva e gastrite de antro, sem sangramentos ativos.Evolui com melena em grande quantidade,sudorese,mal estar,tontura e taquicardia com queda de Hb (6,4mg/dL).Realizado TC de abdome evidenciado doença divertivular sem outras particularidades. Colono sem pontos de sangramento ativo.Realizado dois concentrados de hemácias. Evolui com estabilidade clínica e hematimétrica (Hb 8,4mg/dl),recebendo alta no 5º DIH.Após 3 dias,retorna com melena em grande quantidade (Hb 7,9mg/dL).EDA com lesão vermelha arredondada com sinais de sangramento no corpo gástrico compatível com Dieulafoy-parede posterior- à 10cm da cardia.Realizado esclerose com adrenalina 1:10.000 e hemostasia mecânica com dois endoclips.Após melhora cínica-laboratorial,paciente recebe alta. DISCUSSÃO:Lesão de Dieulafoy é uma mal formação vascular,rara,que contribui em cerca de 2% dos sangramentos gastrointestinais-hematêmese, melena,sangramento retal com ou sem instabilidade hemodinâmica.Pode ser encontrada em todo o trato gastrointestinal-mais comum no estômago na pequena curvatura, no terço proximal.O sexo masculino é 2 vezes mais acometido e os idosos mais afetados. Várias abordagens para hemostasia endoscópica mostrou-se eficaz,mas ainda não há consenso sobre a melhor forma de tratamento,dependendo do modo da apresentação,local da lesão e experiência profissional.A taxa de sucesso é superior a 90%.CONCLUSÃO:as lesões de Dieulafoy’s ativas apresentam um desafio diagnóstico e terapêutico para o endoscopista.Várias técnicas de tratamento são utilizadas, mas ainda não há consenso,variando do tratamento endoscópico,abordagem hemodinâmica intervencionista,até a abordagem cirúrgica.
Área
Endoscopia - Endoscopia digestiva alta
Autores
Larissa Cavalcanti Barros, Walkiria Regia Ferreira Sousa de Sá, Larissa Fernandes Maia Barbosa Farias, Hunaldo Lima de Menezes, Nilza Maria Lopes Marques Luz, Rogério Monteiro Santos