Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE RETROSPECTIVA DE PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO E DESFECHO DOS PACIENTES OPERADOS POR CÂNCER DE ESÔFAGO E CÁRDIA NO AFECC/HOSPITAL SANTA RITA DE CÁSSIA
Introdução
Entre 2020-2022, no Brasil, são esperados 8690 casos de câncer de esôfago em homens e 2700 em mulheres, estando esta entre as 10 neoplasias mais incidentes no país. O tratamento pode contar com quimioterapia e radioterapia, associado ou não à cirurgia, com a finalidade de promover melhor sobrevida do paciente.
Objetivo
2.1 OBJETIVO PRIMÁRIO
Avaliar o perfil de complicações pós-operatórias e a sobrevida dos pacientes submetidos a esofagectomia.
2.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
Estabelecer o perfil clinico epidemiológico dos pacientes tratados com cirurgia no serviço.
Avaliar a evolução dos pacientes no pós-operatório de esofagectomia e correlacionar com a técnica utilizada.
Comparar a evolução pós-operatória entre pacientes submetidos a cirurgia após neoadjuvância e aqueles submetidos a cirurgia de resgate após terapia bimodal.
Correlacionar desnutrição e os fatores de riscos dos pacientes ao perfil de complicações pós-operatórias apresentadas.
Método
Este trabalho avaliou pacientes submetidos a esofagectomia para tratamento da neoplasia de esôfago e cárdia no Hospital Santa Rita de Cássia averiguando: seu perfil epidemiológico e seu desfecho pós-operatório, incluindo seu perfil de complicações associadas ao ato cirúrgico, sobrevida e mortalidade destes indivíduos após o tratamento. O intuito desta análise foi conhecer os pacientes submetidos a esta forma de tratamento de modo mais detalhado, além de identificar o perfil de complicações pós-operatórias apresentadas no serviço.
Resultados
Foi observado que pacientes submetidos a radioterapia tiveram maior tendência de complicações cirúrgicas quando comparados com indivíduos que não a realizaram. Quando considerado o tipo da cirurgia realizada, notou-se ainda que indivíduos submetidos a cirurgia de resgate, tiveram maior risco de complicações quando comparados aos demais.
Conclusão
Com este estudo podemos determinar o perfil clínico epidemiológico dos pacientes atendidos no serviço. Observamos que a maioria dos casos se trata de homens com baixo nível de escolaridade, etilistas e tabagistas. O principal tipo histológico é o CEC. Complicações pulmonares são as complicações clínicas mais comuns e a fístula é a complicação cirúrgica mais freqüente. Foi observada uma sobrevida média de 24,9 meses e uma sobrevida global de 33% em 36 meses.
Palavras-chave
Cirurgia, câncer de esôfago, complicações, sobrevida.
Área
Trato gastrointestinal alto
Autores
LUIZ ANTÔNIO XIMENES, ANA LUIZA MACHADO, ANA PAULA MAZZOCCO