XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E TRATAMENTO CIRÚGICO DO TUMOR DO ESTROMA GASTROINTESTINAL (GIST) DE ORIGEM GÁSTRICA. EXPERIÊNCIA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Introdução

. Diferentes tipos de neoplasias malignas e benignas têm sua gênese no estômago, tendo as mesmas diferentes graus de prevalência e incidência. O tumor de estroma gastrointestinal (GIST), com uma incidência anual de 11-14 casos por milhão de habitantes, é o tipo de neoplasia não epitelial mais frequente no trato digestivo, tendo sua origem no estômago num 50-60% dos casos.

Objetivo

Determinar o perfil epidemiológico e tratamento cirúrgico do GIST de origem gástrica.

Método

O presente estudo é do tipo descritivo, retrospectivo; com enfoque de análise tipo quantitativo, realizado no período compreendido entre janeiro de 2010 até dezembro de 2020 em Hospital Universitario referência da cidade de Campinas - SP.

Resultados

Foram estudados 76 pacientes, sendo 61% do gênero feminino e 39% do gênero masculino. A comorbidade mais comumente observada foi a hipertensão arterial, seguida em frequência do tabagismo; em menor frequência foram achados o etilismo, diabetes mellitus e obesidade. Dispepsia, perda ponderal e hemorragia digestiva foram as manifestações clínicas mais comumente observadas, com porcetagens de 19%, 17% e 13% respectivamente. O diagnóstico e estadiamento foram por endoscopia digestiva e tomografía computadorizada, em todos os casos. O fundo gástrico foi a topografía mais comumente acometida pelo GIST, representando o 25% dessa amostra. A opção terapéutica mais comumente adotada foi a cirúrgica, correspondendo o 89%, sendo que o restante 11% dos casos foram direcionados para tratamento oncológico clínico exclusivo, devido doença avançada. Foi constatado quase uma equidade referente ao tipo de abordagem cirúrgica, com uma discreta predominância do tratamento cirúrgico clássico por laparotomía com 51%, e 49% sendo a abordagem cirúrgica mínimamente invasiva, por videolaparoscopia. Com respeito ao estadiamento patológico segundo os critérios do National Institute Health para o GIST gástrico, foi observado predominância das categorias muito baixo risco e baixo risco, com 31% e 32% respectivamente. Seguimento clínico oncológico ocorreu em 59%, não necessitando de outro tipo complementar terapêutico pós-operatório.

Conclusão

O GIST gástrico apresenta uma importante prevalência na população, as equipes médicas devem conhecer as particularidades dessa doença, para assim poder realizar o diagnóstico precoce e oferecer a melhor opção terapêutica.

Palavras-Chave

Tumor Estromal; Estômago ; Videolaparoscopia

Área

Cirurgia - Estômago

Autores

Cristhian Jaillita Meneses, Ana Maria Neder Almeida, Valdir Tercioti Jr, José Antonio Possatto Ferrer, João Souza Coelho Neto, Luiz Roberto Lopes, Nelson Adami Andreollo