XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Adenocarcinoma de intestino delgado

Apresentação do Caso

Paciente GRM, masculino, 51 anos, apresenta-se ao serviço de emergência, com queixa de vômitos fecaloides e inapetência, com melhora após passagem de sonda nasogástrica no mesmo dia, em outro hospital. Foi internado com a hipótese diagnóstica de suboclusão intestinal por tumor de intestino delgado e iniciado preparo pré-operatório. Hemograma da admissão demonstrava como única alteração discreta anisocitose. Provas de função hepática e renal normais, além de proteínas totais e fração dentro dos valores de referência.TC de abdome total: irregularidade/espessamento parietal da câmara gástrica, associados a aparente espessamento nodular irregular com obliteração luminal parcial em região de jejuno, o qual determina distensão com nível líquido à montante de câmara gástrica e duodeno; associa-se linfonodomegalia retroperitoneal, com 1,2 cm em seu menor eixo, sem demais achados aberrantes. Paciente foi submetido a laparotomia exploradora em 16 de março de 2021, com achado de lesão tumoral estenosante a 15 cm do ângulo de Treitz, com espessamento parietal e dilatação de alças a montante, além de linfonodomegalia locorregional. Não foram identificadas outras anormalidades. Realizada enterectomia de 20 cm com anastomose terminoterminal, com margem de seguraça de 5 cm da lesão. Solicitado exame anatomopatológico da peça e imunoistoquimica. Anatomopatológico compatível com adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado invasivo; neoplasia medindo cerca de 2,5 cm no maior eixo, infiltrando a parede até o tecido adiposo; desmoplasia moderada; infiltrado inflamatório escasso; invasão angioneural não observada; componente número não observado; margens livres. Imunoistoquímica com o seguinte resultado: citoceratina 7 positivo; citoceratina 20 positivo; CDX2 SATB2 positivo; PNS2 positivo; MLH 1 positivo; MSH2 positivo; MSH6 positivo. Linfonodos livres de neoplasia.

Discussão

O adenocarcinoma de intestino delgado é uma entidade bastante rara. Isso leva uma baixa suspeição clínica que, associado a imprecisão de sintomas, ausência achados físicos e limitada acessibilidade aos principais sítios de acometimento, dificulta o diagnóstico precoce

Comentários finais

O adenocarcinoma primário de intestino delgado representa uma neoplasia rara, correspondendo 3 – 6% de todos os tumores gastrointestinais.

Palavras-Chave

ADENOCARCINOMA INTESTINO DELGADO

Área

Cirurgia - Intestinos

Autores

DINOEL CAVALCANTE GUIMARÃES FILHO, CINTHIA YOSHIMURA BRITO, ALAN KAGAN, Alef Ribeiro Souza, Carlos Eduardo Teixeira, Ednelson Junio Lustosa Nascimento, Karinne Naara Matos Barros, THAMINE MEQUITA VALE, Lorrayne Silva Pequeno, Victoria Reis Silva, Heloisa Soares Rodrigues Silva, Bianca Alves Siqueira