XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DOS MANEJOS TERAPÊUTICOS DO LINFOMA GÁSTRICO

Introdução

Cerca de 1/3 de todos os linfomas não Hodgkin correspondem aos linfomas extralinfonodais. O principal sistema atingido é o trato gastrointestinal, sendo o estômago o órgão mais acometido. No que tange aos linfomas gástricos, seus principais representantes são o linfoma difuso de grandes células Beta e o linfoma MALT, representando aproximadamente 95% dos casos.

Objetivo

Analisar os métodos terapêuticos do linfoma gástrico.

Método

Estudo de revisão integrativo, de caráter descritivo, realizado em setembro de 2021, através de artigos das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo e PubMed, em inglês e português. Os descritores “Linfoma”, “Conduta do Tratamento Medicamentoso” e “Linfoma de Hodgkin” advindos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), juntamente com o operador booleano “OR” constituíram a fórmula de busca do artigo. Após a aplicação da fórmula supracitada, 32 artigos foram encontrados nos últimos 5 anos. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 6 artigos foram selecionados para compor esta revisão por melhor se adequarem ao tema.

Resultados

A análise de um estudo randomizado duplo-cego com 303 pacientes com linfoma difuso de grandes células B (LCGCB) tratados com quimioterapia, demonstrou que aqueles que possuíam o Gene Myc tiveram apenas 14% de sobrevida, apresentando um pior prognóstico, e aqueles que tinham translocação, tiveram uma taxa de sobrevida global de 35% - aproximadamente 2 anos de vida. Outro estudo com 25 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, a sobrevida média foi de 29,2 meses. Cerca de 44% (n=11) possuíam uma sobrevida de cinco anos, 36% apresentavam linfonodos regionais não comprometidos e doença confinada ao estômago. Além disso, 32% da amostra receberam em consonância o tratamento adjuvante, desses, 24% foram submetidos à quimioterapia exclusiva, 4% receberam somente radioterapia e outros 4% receberam quimioterapia e radioterapia. Conforme observado nos resultados, o tratamento convencional com quimioterapia não possui uma eficácia satisfatória, enquanto o tratamento cirúrgico, pode ser curativo na maioria dos casos.

Conclusão

Portanto, diante do linfoma difuso de grandes células, a adição do tratamento cirúrgico tem se mostrado eficiente para um melhor prognóstico dos pacientes comparado ao tratamento apenas com quimioterapia, visto que a cirurgia possibilita melhor eficiência da quimioterapia.


Área

Gastroenterologia - Estômago/Duodeno

Autores

Gabriel Lucena de Carvalho Soares, Anna Julie Medeiros Cabral, Andrei Rannieri D’Ávila Pedrosa Ferreira, Bruna Furtado Gambarra, Gabriel Moura Régis, Rebeca Medeiros de Oliveira, Paulo Francisco Lucena de Araújo Espínola