XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

A Síndrome de Wilkie

Apresentação do Caso

NOR, sexo feminino, 16 anos, foi encaminhada ao Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia para avaliação da equipe de cirurgia geral devido a dor abdominal, distensão e vômitos. Relatou que os sintomas iniciaram cerca de 2 semanas antes
de procurar um serviço de saúde e que a dor abdominal e a distensão se tornaram progressivamente mais intensos, associados a hiporexia e obstipação intestinal. Paciente negou febre, ou outras queixas na avaliação inicial. Negava doenças prévias, uso de
medicações e cirurgias prévias. Referia antecedentes de quadros semelhantes na infância, com diagnóstico de intolerância à lactose aos 4 anos de idade. Ao exame físico da admissão apresentava-se estável hemodinamicamente, com abdome distentido, timpânico à percussão, sem sinais de irritação peritoneal. Realizada tomografia de abdome com contraste, com visualização de estreitamento na terceira porção duodenal, notando-se moderada dilatação a montante do duodeno e estômago, preenchidas por conteúdo líquido e pequeno conteúdo gasoso. Demais alças intestinais com distribuição normal de gases e fezes, sem evidência de dilatações.
Levantada a hipótese diagnóstica de Síndrome de Wilkie, indicado tratamento não operatório com passagem de sonda nasogástrica e solicitada endoscopia digestiva alta para avaliação de estreitamento duodenal. Na endoscopia foi visualizado líquido de estase bilioso no estômago, com aspecto endoscópico normal, assim como o duodeno. Retirada sonda nasogástrica pois o líquido de estase era em pouca quantidade. Paciente evoluiu com melhora clínica sintomática importante, mas com persistência
de hiporexia. Realizada passagem de sonda nasoenteral para nutrição, com dieta liquida via oral combinada. Evoluiu com melhora clínica satisfatória, com dieta oral total e sem necessidade de nutrição entérica após 4 dias de internação. Recebeu alta após medidas não operatórias, com indicação de dieta de consistência pastosa e orientação de decúbitos genupeitoral, decúbito lateral ou flexão torácica anterior após alimentação.

Discussão

Ao diagnosticar a Síndrome de Wilkie, a abordagem clínica inicial é preterida, realizada através de suporte nutricional, dieta fracionada e manobras posicionais após a alimentação (1)(5). As posições que podem ser adotadas são a genupeitoral ou flexão anterior
do corpo, e o decúbito lateral esquerdo, pois promovem aumento do ângulo aorto-mesentérico (4).

Comentários finais

Apesar disso, há falha no tto clinico, com necessidade de correção cirurgica.

Palavras-Chave

SD wilkie

Área

Cirurgia - Intestinos

Autores

DINOEL CAVALCANTE GUIMARÃES FILHO, CINTHIA YOSHIMURA BRITO, ALAN KAGAN, Alef Ribeiro Souza, Carlos Eduardo Teixeira, Ednelson Junio Lustosa Nascimento, Karinne Naara Matos Barros, THAMINE MEQUITA VALE, Lorrayne Silva Pequeno, Victoria Reis Silva, Heloisa Soares Rodrigues Silva, Bianca Alves Siqueira