Dados do Trabalho
Título
IMPACTO DO FLUXOGRAMA DE TRIAGEM DE COVID-19 NO NÚMERO DE ATENDIMENTOS A PORTADORES DE DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII) EM AMBULATÓRIO E CENTRO DE INFUSÃO DE HOSPITAL TERCIÁRIO DE FORTALEZA.
Introdução
A pandemia da doença do coronavírus 2019 (COVID-19) gerou grande impacto no SUS, particularmente em hospitais terciários que precisaram se dividir entre pacientes portadores de COVID-19 e aqueles com outras doenças crônicas como doença inflamatória intestinal (DII).
Objetivo
Avaliar impacto aplicação do fluxograma de triagem de COVID-19 realizado por equipe multidisciplinar nos atendimentos de pacientes portadores de DII no ambulatório especializado e no centro de infusão de imunobiológicos.
Método
Foi realizado trabalho multidisciplinar no direcionamento dos paciente portadores de DII por meio de fluxograma específico em Hospital Terciário no Estado do Ceará durante a onda de casos de COVID-19 em 2020. Entre 3 a 5 dias antes da consulta ou infusão agendadas era realizada, por meio de contato telefônico, a triagem de sinais e sintomas gripais. Era feito reagendamento breve (14 a 28 dias) da consulta ou da infusão dos pacientes com tais sintomas. Após esses pacientes eram monitorados a distância. A consulta dos pacientes ambulatoriais sem sintomas gripais e sem sinais de atividade da DII era reagendada em 3 a 6 meses. Os pacientes sem sintomas gripais e com sinais relevantes de atividade da DII eram orientados a comparecer a consulta. Já os pacientes que estavam com infusão programada era reforçada a necessidade de seguir o tratamento de DII, excetuando se apresentassem sintomas gripais. Eram aplicadas perguntas baseadas no fluxograma padrão. Em 2021 não houve condições ser composta equipe para realizar a mesma triagem. Após foi realizado estudo retrospectivo comparando o número de consultas e o número de ausências na primeira onda de COVID-19 em 2020 frente a segunda onda de COVID-19 em 2021, sendo que a triagem foi diferença principal entre os 02 grupos estudados. Análise dos dados foi realizada com teste qui-quadrado no SPSS Statistics (IBM Corporation)
Resultados
Houve diferença estatística na proporção de consultas realizadas durante a onda COVID 2020 48,5% X 73,4% a onda COVID 2021 (p<0,001). Não houve diferença na proporção de consultas realizadas no período pré-onda 2020 de 85,1% X 84,3 % o pré-onda 2021 (p=0,804). Já a aplicação do fluxograma para pacientes do centro infusão foi importante pois impediu faltas desnecessárias e manteve o número médio de atendimentos após o segundo mês de ligações.
Conclusão
Constatou-se a importância da triagem a distância como ferramenta para evitar disseminação da COVID-19 e para direcionar ao atendimento aqueles pacientes com perfis mais graves de DII.
Palavras-Chave
Fluxograma, Triagem de COVID, Ambulatório, Centro de Infusão
Área
Gastroenterologia - Intestino
Autores
Caio Cesar Furtado Freire, Milena Santana Girão, Arthur Alencar Arrais Souza, Paula Roberta Rocha Rodrigues, Ana Debora Uchoa Soares Adeodato, Alexandre Medeiros Carmo, Carla Mendes Abreu, Ricardo Alves Martins, Pedro Saboia Neto, Manoel Pedro Guedes Guimarães