Dados do Trabalho
Título
Aspectos epidemiológicos dos óbitos por neoplasia maligna do estômago no Brasil nos últimos 5 anos
Introdução
O câncer gástrico pode ser classificado em tumores benignos e tumores malignos, dentre os malignos, 95% são adenocarcinomas. Podemos dividir os adenocarcinomas em tumor de mucosa papilar, tubular, mucinoso, anel de sinete e tumor de pequenas células. O restante é composto por tumores neuroendócrinos, linfomas, leiomiossarcomas, tumores estromais e tumores metastáticos. Alguns fatores de risco nutricionais, ambientais, sociais, médicos e lesões predisponentes podem ser associados à maior incidência da neoplasia. Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, empachamento, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna como um tumor de estômago. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor na fase inicial e aumentar a chance de sobrevida.
Objetivo
Realizar uma análise retrospectiva dos óbitos por neoplasia maligna do estômago no Brasil nos últimos 5 anos.
Método
Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados obtidos no Sistema de informações Hospitalares (SIH/ SUS), durante o período de junho de 2016 a junho de 2021, utilizando as variáveis faixa etária, região, sexo, taxa de mortalidade e óbitos.
Resultados
Conforme o DATASUS, foram registradas 151.448 internações por neoplasia maligna do estômago no Brasil, divididas pelas regiões Sudeste com maiores números (63.632; 42%), seguida pelo Sul (37.718; 24.9%), Nordeste (33.083; 21.8%), Centro-Oeste (9.780; 6.5%), e com os menores o Norte (7.235; 4.8%). Ocorreram no país 22.955 óbitos, com predominância no Sudeste (10.902; 47.5%) e no Nordeste (4.623; 20.1%), quanto ao sexo, pela ocorrência de mortes, lidera o masculino (14.604; 63.6%), e com um menor número, o feminino (8.351; 36.4%). As faixas etárias mais acometidas segundo óbito são de 60 a 69 anos (6.567), e de 70 a 79 anos (5.689), representando 53.4% do total. A taxa de mortalidade geral no país é de 15,16%, tendo maior índice as regiões Norte e Sudeste, e menor Nordeste e Sul.
Conclusão
Com base no que foi explanado, conclui-se que o Sudeste apresenta a maior quantidade de casos, sendo 42% do total, e a maior quantidade de mortes, a qual se apresenta no país, uma taxa de mortalidade de 15,16%. O sexo masculino é o mais afetado, sendo 63,6% do total de casos, da mesma forma, os indivíduos acima de 60 anos apresentam um maior número de casos de neoplasia maligna do estômago.
Palavras-Chave
Neoplasia; estômago; óbitos;
Área
Gastroenterologia - Estômago/Duodeno
Autores
FERNANDA COPINSKI, PEDRO PALITOT PEREIRA PEDROSA, RAFAELA CARNEIRO DE ALMEIDA FORMIGA, VICTÓRIA CARNEIRO DE ALMEIDA FORMIGA, ANA BEATRIZ FREIRE GADELHA, ARTHUR RIBEIRO COUTINHO DA FRANCA PEREIRA, LÍVIA MARIA PORDEUS COURA URTIGA, GABRIELA COPINSKI