XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DO ESPECTRO DO CÂNCER HEPÁTICO NO PARANÁ

Introdução

O Câncer Hepático (CH) é uma neoplasia com alta mortalidade, prognóstico desfavorável e taxa de sobrevida em torno de apenas 18%. Os principais fatores de risco são os vírus da hepatite B e C, doença hepática gordurosa, cirrose hepática, diabetes, tabagismo, obesidade. O carcinoma hepatocelular representa até 85% dos casos. Todavia, a gênese do carcinoma hepatocelular e sua recorrência não são compreendidas e não apresentam um tratamento específico.

Objetivo

Este trabalho tem por objetivo evidenciar os dados acerca da incidência e prevalência do câncer hepático no estado do Paraná para o desenvolvimento de um perfil epidemiológico.

Método

Este é um perfil epidemiológico sobre câncer hepático, cujos dados foram extraídos do registro hospitalar do INCA. O período para seleção foi de 2014 a 2018, no Paraná. Enquadrou-se para análise as categorias: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, história de consumo de álcool, histórico tabagista e estadiamento patológico. Todos esses dados foram tabulados e processados no Microsoft Excel.

Resultados

812 pessoas foram diagnosticadas com câncer hepático no período pesquisado, o sexo masculino foi o mais afetado com 65,89%, enquanto 34,11% eram mulheres. A faixa etária mais acometida foi 65-69 anos com 16,87%. Em relação à raça, a mais afetada foi a branca com 76,97% seguida da parda com 13,67%. Quanto ao histórico tabagista, 19,33% foram ex-consumidores, 28,32% nunca tiveram histórico e 17,11% apresentaram histórico. Quanto ao histórico de consumo de álcool, 33,99% nunca consumiram, 16,63% foram ex-consumidores, 12,68% são consumidores. Quanto à escolaridade, 32,02% possuíam ensino fundamental incompleto, 21,06% ensino fundamental completo, 15,89% nível médio, 9,36% sem nenhuma escolaridade e 5,42% com ensino superior. Quanto ao estadiamento patológico TNM, o maior percentual ocorreu no estádio 4 com 29,80%, 2 com 7,02% e 3A com 5,54%.

Conclusão

O câncer hepático tem alta letalidade, é imprescindível estudos que rastreiem a incidência e prevalência dessa patologia para sua prevenção. Os dados confirmaram que muitos dos fatores envolvidos no desenvolvimento dessa neoplasia estão ligados a hábitos de vida, sendo, portanto, modificáveis. É evidente assim a necessidade de políticas públicas que informem, rastreiem e combatam esses fatores desencadeadores, auxiliando na prevenção dessa neoplasia.

Palavras-Chave

Câncer hepático, Paraná, epidemiologia, fatores de risco

Área

Gastroenterologia - Fígado

Autores

Vinícius Sousa Morais, Guilherme Augusto Minato, Jaime Ventura Silva Junior, Thaylise Caroline Yurk, Juliana Emi Shimabukuro