XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS TIPOS DE MODALIDADES TERAPÊUTICAS DO PRIMEIRO TRATAMENTO PARA O CÂNCER COLORRETAL NO SUS ENTRE 2013 E 2019 NO BRASIL

Introdução

O câncer colorretal é o segundo câncer mais incidente em homens e mulheres no Brasil, segundo o Inca. Para a doença localizada, a ressecção cirúrgica é o tratamento preferido na maior parte dos casos. Assim, ressalta-se o impacto do tempo de início do tratamento sobre a modalidade terapêutica, evidenciando a importância do rastreamento para o diagnóstico precoce. No SUS, o primeiro tratamento é garantido aos pacientes com neoplasia maligna em até 60 dias a partir do dia do diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica (Lei Nº 12.732, de 22 de novembro de 2012).

Objetivo

Avaliar os dados epidemiológicos relativos às modalidades terapêuticas adotadas no primeiro tratamento para o câncer colorretal no SUS entre 2013 e 2019 no Brasil.

Método

Estudo epidemiológico descritivo, a partir de dados epidemiológicos obtidos do “Relatório do Intervalo Entre Diagnóstico e Início do Tratamento do Câncer no SUS”, com dados do PAINEL-Oncologia, disponibilizado pelo Inca. Foram avaliados os dados relativos à distribuição dos casos de câncer colorretal segundo o tempo e o tipo de modalidade terapêutica do primeiro tratamento no Brasil, de 2013 a 2019.

Resultados

Entre 2013 e 2019, a cirurgia foi a opção terapêutica preferida no primeiro tratamento em pacientes que iniciaram a terapia em 0 a 30 dias, constituindo 61,6% das modalidades adotadas para esse grupo (25.689 pacientes de 41.673). Para os pacientes que iniciaram a terapia em 31 a 60 dias, a quimioterapia isolada foi a mais escolhida, representando 72,7% das terapêuticas aplicadas (18.388 pacientes de 25.281). Por fim, para os pacientes que iniciaram o tratamento com mais de 60 dias, a quimioterapia isolada foi a preferida, constituindo 67,4% do total (30.833 pacientes de 45.747).

Conclusão

Conclui-se que, entre 2013 e 2019, para a maioria dos pacientes com tratamento iniciado no SUS entre 0 a 30 dias, a cirurgia foi a opção preferida como primeira modalidade. Já para a maioria dos que iniciaram o tratamento entre 31 e 60 dias, a quimioterapia isolada foi a mais escolhida. Por fim, para a maioria dos pacientes cuja terapia foi instituída com mais de 60 dias, a quimioterapia isolada foi a primeira modalidade. Apesar das limitações de notificação que exigem cuidado na análise, esses dados reforçam a importância do rastreamento para o câncer colorretal. Desse modo, o câncer pode ser identificado em estágios iniciais, ampliando as opções terapêuticas.

Palavras-Chave

Câncer Colorretal, Epidemiologia Descritiva, Procedimentos Terapêuticos

Área

Gastroenterologia - Intestino

Autores

Luís Eduardo Matoso Vieira, David Barbosa Duarte Vidal, Gabriela Silva Holanda, Matheus Marques Ribeiro, Pedro Lucas Grangeiro de Sá Barreto Lima, Isabela Caldas Borges, Elisa Tavares Diogo de Siqueira, Davi Viana de Oliveira, Milena Melgaço Melo, Levi Costa Carioca, Yves Ramos Costa Beviláqua, Carlos Vinícius Pereira de Souza, Thiago de Sousa Rodrigues, Pedro Vinícius Nogueira da Silva, Sophia Costa Vasconcelos