XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Casuística da terapia endoscópica à vácuo (EVT) para tratamento de fístulas de esôfago e estômago

Introdução

As fístulas esofágicas e gástricas são rupturas totais da parede gastrointestinal e resultam em uma comunicação anormal entre as superfícies acometidas. Apresentam diferentes etiologias e manifestações clínicas e, quando não manejadas adequadamente, tornam-se complicações graves e fatais. Diversos tratamentos estão disponíveis e nota-se um aprimoramento das técnicas endoscópicas minimamente invasivas. Um método promissor que está em estudo é a terapia endoscópica à vácuo (EVT), que consiste na aplicação de uma pressão negativa contínua na ferida por meio de uma sonda à vácuo trocada periodicamente.

Objetivo

Avaliar o uso da EVT no tratamento de fístulas esofágicas e gástricas em pacientes de hospitais de referência em Curitiba, Paraná.

Método

Realizou-se uma pesquisa descritiva a partir de sete pacientes submetidos à uma terapia endoluminal à vácuo modificada no manejo de fístulas de esôfago e estômago, no período de fevereiro de 2019 a maio de 2021. As variáveis de interesse foram observar a cicatrização dos defeitos, o tempo de tratamento e a presença de possíveis complicações. Tal terapia foi executada no setor de endoscopia, onde confeccionava-se um sistema de vácuo endoluminal em uma sonda nasogástrica, em que sua ponta era envolvida com uma gaze e recoberta com um plástico perfurado. Tal sonda passava-se pela narina do paciente e era inserida na cavidade ou ao lado do orifício fistuloso, sendo trocada periodicamente. Os dados coletados dos prontuários foram organizados em planilhas do Microsoft Excel e analisados pelo programa computacional IBM SPSS Statistics v.26.0.

Resultados

A terapia endoscópica à vácuo permitiu um ideal fechamento das fístulas esofágicas e gástricas em 100% dos pacientes submetidos ao estudo, com nenhum deles apresentando complicações pelo método. A média etária dos pacientes foi de 57,7 ± 14,3 anos, sendo que 85,7% deles (n=6) apresentaram fístula esofágica e 14,3% (n=1) fístula gástrica. O número médio de sessões endoscópicas realizadas para a correção do defeito foi de 4,6 ± 1,5 e a duração média do tratamento foi de 19 ± 10,7 dias.

Conclusão

A EVT permitiu um ideal fechamento das fístulas sem apresentar complicações aos pacientes, o que coincide com os relatos encontrados na literatura, parecendo ser um método viável, seguro e eficaz para o manejo de tais defeitos.

Palavras-Chave

Fístula esofágica. Fístula gástrica. Vácuo. Endoscopia gastrointestinal.

Área

Endoscopia - Endoscopia digestiva alta

Autores

Gabriela Redivo Ströher, Flávio Heuta Ivano, Leandro Yoshimi Kashiwagui, Gabriele da Silva, Daniella Khouri Fernandes, Vitor Cassal da Cunha