Dados do Trabalho
Título
Fatores de risco associados à constipação intestinal funcional – um estudo via Internet.
Introdução
Introdução: a constipação intestinal funcional é comum em nosso meio. Vários fatores de risco são citados associados à constipação (idade, sexo, ingestão de fibras, atividade física, ingestão hídrica, obesidade, entre outros).
Objetivo
O objetivo do estudo é analisar a prevalência da constipação funcional e fatores de risco associados a ela.
Método
Método: um questionário contendo dados demográficos, registro de sintomas da classificação Roma IV para constipação funcional, sinais de alarme, escolaridade, índice de massa corpórea, atividade física, ingestão hídrica, frequência de ingestão de fibras, nível socioeconômico e uso de medicamentos com potencial constipante, foi distribuído “on line” para participantes de diversas regiões do Brasil.
Resultados
Resultados: o questionário foi respondido por 403 indivíduos. Aqueles que apresentassem sinais de alarme (hematoquezia, dor abdominal noturna, febre, perda involuntária de peso) foram excluídos do estudo. Os demais foram avaliados quanto aos critérios de Roma IV, restando 349 indivíduos incluídos, obtendo-se um grupo de constipados (n= 50) e não constipados (n= 299) As análises estatísticas foram feitas pelos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher, com alfa ≤ 5%. As variáveis associadas individualmente à constipação foram analisadas em conjunto por regressão logística múltipla. Resultados: a prevalência de constipação funcional foi de 14%. Não houve diferenças significantes entre os grupos segundo a faixa etária (jovem, meia idade, idoso), nível de escolaridade (ensino médio e superior), índice de massa corpórea (magro, normal sobrepeso, obeso), ingestão hídrica, e atividade física (sedentário, irregularmente ativo, ativo e muito ativo). Houve proporção significantemente maior de mulheres no grupo constipado (88% x 65,9%, Fisher p=0,0015). Houve associação significante com a frequência de ingestão de fibras (qui-quadrado p= 0,038), e uso de medicamentos potencialmente constipantes (Fisher p=0,022). Estas variáveis significantes individualmente, quando analisadas em conjunto por regressão logística múltipla, apontam que o sexo se associa de modo significante com a constipação (IC 95% 0,09 a 0,61) controlando-se para a frequência de ingestão de fibras e o uso de medicamentos com potencial constipante.
Conclusão
Conclusão: os dados apontam o sexo como principal fator associado à constipação funcional nesta amostra de pacientes, quando se ajusta o resultado pela frequência de ingestão de fibras e o uso de medicamentos constipantes.
Palavras-Chave
Constipação intestinal
Área
Gastroenterologia - Intestino
Autores
Priscila Fernandez Contreiro, Mariana Terra Cabral, Hazel Beatriz Pena Montesinos , Renan Ribeiro Silva , Rafaela wilson Dassoler, Rachele Tamika Petrizzo , Wilson Roberto Catapani