Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DAS COLECISTECTOMIAS FEITAS PELO SUS NO NORDESTE DO BRASIL DE 2010 A 2019

Introdução

A colecistectomia representa a principal alternativa de tratamento para colelitíase e colecistite, e os avanços das técnicas por vídeo permitem uma melhor recuperação e pós-operatório ao paciente. Porém, ainda há discussões quanto às vantagens e desvantagens da cirurgia aberta e videolaparoscópica.

Objetivo

Realizar uma análise descritiva, temporal e comparativa das colecistectomias aberta e videolaparoscópica (VLP) pelo SUS no Nordeste brasileiro de 2010 a 2019

Método

Estudo transversal e documental com abordagem quantitativa, acerca dos casos de colecistectomia videolaparoscópica e aberta entre 2010 e 2019. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Procedimentos Hospitalares do SUS (DATASUS). Foram avaliadas as variáveis de dados por duração média de permanência hospitalar, mortalidade hospitalar e caráter de atendimento.

Resultados

Entre 2010 e 2019, houve diminuição na taxa de mortalidade tanto na cirurgia aberta (de 0,31 para 0,25) na VLP (de 0,13 para
0,07). A média de permanência hospitalar foi maior para o procedimento por VLP (2,8 dias) que para a aberta (2,6 dias). A taxa de mortalidade nos procedimentos de urgência (0,86) é 9,55 vezes maior que nos procedimentos eletivos (0,09) na técnica aberta, e a média de permanência hospitalar são de 2,3 dias para eletivos e 3,6 dias para os de urgência. Na VLP, a taxa de mortalidade nos procedimentos de urgência (0,18) é 3 vezes maior que nos procedimentos eletivos (0,06), e as médias de permanência hospitalar são de 2,4 dias para eletivas e 3,9 dias para as de urgência.

Conclusão

A taxa de mortalidade pelas duas modalidades do procedimento diminuiu no Nordeste brasileiro nos últimos 10 anos, juntamente com uma melhora no tempo de permanência hospitalar tanto nas cirurgias de caráter de urgência quanto nas eletivas. Assim como na literatura, os procedimentos de urgência apresentam maior mortalidade e tempo de internação. Com a análise, nota-se que o tempo de permanência hospitalar não apresenta ligação com a taxa de mortalidade para o procedimento por via laparoscópica.

Palavras-Chave

Colecistectomia; Colecistectomia Laparoscópica; Colecistite;
Colelitíase; Registros de Mortalidade; Tempo de Internação.