Dados do Trabalho
Título
ASCITE QUILOSA: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO
Apresentação do Caso
Paciente H.B.S., 44 anos, em investigação ambulatorial por quadro de ascite volumosa, hidrocele esquerda, edema bilateral de membros inferiores, hérnia inguinal esquerda e umbilical no decorrer de 2 anos de sintomatologia. Na tentativa de traçar um fator causal foram feitos testes para filariose, rastreio laboratorial e radiológico de função hepática, varredura de lesões neoplásicas e análise de amostras teciduais, porém até o presente momento sem uma evidencia concreta de patologia de base. Optou-se por procedimento cirúrgico de correção de hérnia umbilical reicidivada, hidrocele e drenagem de cavidade com retirada de 7,5 litros de líquido quiloso esbranquiçado e novas biópsias teciduais.
Discussão
A ascite quilosa é um achado presente em um leque de patologias distintas, que de maneira geral tem o manejo terapêutico difícil e alta morbidade. Pode ser decorrente pós trauma abdominal, cirurgias anteriores ou até mesmo de doenças infecciosas como a filariose. A ascite quilosa tem incidência estimada em 1 para 20.000 admissões em um grande hospital universitário1, com 3 mecanismos básicos para seu desenvolvimento: obstrução linfática, patologias oncológicas que causam extravasamento de linfa para a cavidade peritoneal;
e obstrução do ducto torácico por trauma ou iatrogênico.
Comentários finais
Apesar do seguimento do paciente e esforços investigatórios a definição das causas de ascite quilosa se mantêm uma dificuldade para o tratamento definitivo desse quadro. Podendo ser optado o tratamento cirúrgico após tentavivas de controle terapêutico com medidas clínicas e comportamentais.
Palavras-Chave
Ascite quilosa, doenças linfáticas, laparoscopia
Área
Cirurgia - Miscelânea
Autores
MARIANA FRANCO BARBOSA, CIBELLE MARION BERTOLLI, BRUNA LUSTOSA FERREIRA