Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE CANCER DE PANCREAS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Introdução

O câncer de pâncreas atualmente é uma das neoplasias que, quando diagnosticada, já se encontra em estágios mais avançados, sendo bastante agressivo e com péssimo prognóstico para o paciente. Além disso, possui difícil diagnóstico, devido aos seus achados clínicos inespecíficos.

Objetivo

Realizar estudo epidemiológico dos casos de câncer de pâncreas no Brasil nos últimos 10 anos.

Método

Estudo transversal, documental e quantitativo, com amostra de 93.174 indivíduos internados por neoplasia maligna de pâncreas no Brasil (2011 - 2020) notificadas no Sistema de Declaração de Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) disponível no Departamento de Estatística do SUS. As variáveis foram avaliadas por região demográfica, sexo, faixa etária e número de óbitos.

Resultados

Amostra composta por 93.174 indivíduos (47.067 homens), sendo a faixa etária entre 40 e 69 anos a mais acometida, representando 65,57% da amostra. Entre 2011 e 2020, houve um aumento no número de casos por ano, indo de 5.418 em 2011 para 13.986 em 2020 (Aumento de 258,13%). A região sul apresentou a maior incidência (83,28/100.000hab), seguida da região sudeste (51,96/100.000hab), região centro-oeste, região nordeste e região norte. Foram registrados em 2011, 7726 óbitos (região sudeste com 3899 casos), enquanto, em 2019, aumentou para 11801 casos, ainda com prevalência no sudeste.

Conclusão

Percebe-se maior número de casos entre os homens e na região Sul, que indica possível relação com o tabaco, pois de acordo com a literatura há maior propensão desses grupos ao hábito de fumar. Dados apontam o raro acometimento antes dos 30 anos, o presente estudo encontra-se em acordo com pico de prevalência (60 a 69 anos) na literatura científica. A alta mortalidade comprova o comportamento agressivo e diagnóstico tardio da doença.

Palavras-Chave

Neoplasias Pancreáticas