Dados do Trabalho

Título

Influência da presença de metástase na sobrevida de paciente com tumor em cólon direito: Relato de caso

Apresentação do Caso

Paciente M.B., sexo masculino, 74 anos de idade, apresentou queixa de dor abdominal em mesogástrio e hipocôndrio direito, de caráter inespecífico e piora após ingesta alimentar de início há 1 ano, além de perda ponderal (5 Kg em 4 meses). Ao exame físico do abdome, apresenta-se distendido, com diminuição dos ruídos hidroaéreos, timpânico e indolor à percussão. Foi realizada ultrassom de abdome superior que evidenciou espessamento irregular da parede de cólon transverso, aventada então a hipótese de câncer colorretal. A biópsia da lesão retirada em videocolonoscopia confirmou o diagnóstico de adenocarcinoma mucossecretor ulcerado. Foi realizada cirurgia com intenção paliativa, uma hemicolectomia direita ampliada em oncologia com anastomose primária, foi encontrada presença de implantes metastáticos em peritônio e meso (carcinomatose). Após 5 meses de cirurgia, paciente apresentou obstrução intestinal, para desobstrução foi realizada ileostomia anteriormente a anastomose obstruída.

Discussão

O tratamento padrão para o câncer de cólon localizado envolve ressecção cirúrgica do tumor primário e linfonodos regionais, apesar de ser o tratamento de primeira linha para câncer de cólon localizado, na presença de metástases avançadas, estimada em 20% dos casos, o manejo torna-se mais complicado e debatido. A presença de metástases está associada negativamente a sobrevida desses pacientes, em média de 12-18 meses.

Comentários finais

Pacientes com metástases peritoneais têm maior risco de morte em comparação com pacientes com metástases não peritoneais, por isso há a necessidade de melhoria na detecção e tratamento de doenças peritoneais carcinomatose em pacientes com câncer colorretal, para aliviar os sintomas e também prolongar a vida do paciente. O paciente em questão tinha como indicativo uma cirurgia paliativa, devido a gravidade do tumor e pela presença de carcinomatose. A cirurgia foi com a intenção de aumentar a sobrevida do paciente. Entretanto, em um período de 5 meses, o paciente evoluiu para uma obstrução sendo necessária uma ileostomia. Cerca de 70% dos casos de obstrução aguda do cólon com desfecho cirúrgico é secundário ao câncer colorretal.