XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Gastrostomia endoscópica percutânea: revisão da literatura e avaliação entre hipoalbuminemia e morbimortalidade pós operatória

Introdução

A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é uma das principais vias para o suporte nutricional. Apesar de ser um procedimento considerado seguro, vários desfechos adversos podem ocorrer após o procedimento. Pacientes em estado de sub ou desnutrição apresentando baixos níveis laboratoriais de albumina, quando submetidos a PEG, têm o risco aumentado de apresentarem complicações e mortalidade. Na literatura não há um consenso bem estabelecido que determine com clareza quais são os valores de albumina que se associam ao maior risco de complicações e mortalidade após o procedimento. Como consequência, muitas PEGs são realizadas em pacientes em condições nutricionais inadequadas, aumentando os desfechos desfavoráveis e a própria mortalidade.

Objetivo

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão global do tema ‘Gastrostomia endoscópica percutânea’ e correlacionar suas taxas de morbimortalidade com níveis de hipoalbuminemia.

Método

Este trabalho é uma revisão de literatura de artigos obtidos em bases de dados do Pubmed, Scielo, além de Guidelines da ASGE (American Society for Gastrointestinal Endoscopy) e ESGE (European Society for Gastrointestinal Endoscopy). Após a seleção final dos artigos, foi realizada a análise exploratória e a compilação das informações referentes a gastrostomia endoscópica percutânea, hipoalbuminemia e morbimortalidade pós operatória.

Resultados

Os valores de corte de albumina que representaram maior morbimortalidade após a PEG entre os principais estudos variaram de 2,7 a 3,5 g/dL. O ponto de corte de albumina com maior relevância estatística entre os estudos, com maior risco de mortalidade foi 3,0 g/dL.

Conclusões

A confecção da PEG é um procedimento seguro e viável com baixa mortalidade e taxas de complicações aceitáveis. Porém o estado nutricional e inflamatório do paciente deve ser considerado para prever as complicações e mortalidade. As complicações pós PEG são multifatoriais e a albumina não deve ser o único fator a ser levado em conta como preditor de mortalidade. Pacientes com valores de albumina inferiores a 3,0 g/dL, se beneficiam de melhora nutricional prévia, antes de serem submetidos ao procedimento. Uma vez que os valores de albumina estejam superiores a 3,0 g/dL, terão maior segurança e menor risco de mortalidade decorrentes da PEG.

Palavras-Chave

“percutaneous endoscopic gastrostomy”, “allbumin”, “mortality”

Área

TCC – Centro de Treinamento - Endoscopia digestiva alta

Autores

Felipe Augusto Thereza dos Santos, Geraldo Henrique Gouvêa de Miranda