Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE TECIDO DURANTE AS PUNÇÕES ECOGUIADAS DA LESÕES SÓLIDAS DO PÂNCREAS UTILIZANDO AS TÉCNICAS DE MOSE E ROSE
Introdução
Introdução: O ultrassom endoscópico (EUS) tem o papel primário na aquisição de tecido para diagnóstico das neoplasias sólidas do pâncreas. Diferentes métodos foram introduzidos para aumentar a acurácia da punção ecoguiada, incluindo a “rapid on-site evaluation” (ROSE) e, mais recentemente, a “macroscopic on-site evaluation” (MOSE).
Objetivo
Objetivo: Avaliar a eficácia da técnica MOSE na aquisição de tecido e no diagnóstico das lesões pancreáticas sólidas pela punção ecoguiada através da comparação entre os resultados obtidos com a técnica MOSE com aqueles utilizando a técnica Rose e aqueles que não utilizaram nenhuma das duas técnicas.
Método
Método: Estudo observacional, retrospectivo no qual incluiu pacientes submetidos a ecoendoscopia com punção de tumores sólidos de pâncreas, utilizando agulhas FNA ou FNB. No MOSE, o fragmento de tecido obtido (Macroscopic visible core - MVC) foi classificado em <4mm, entre 4 e 10mm, > 10mm e negativo. No ROSE, um citopatologista avaliou a amostra no momento do procedimento.
Resultados
Resultados: Entre 2017 e 2021, um total de 81 pacientes foram incluídos, sendo 53,1% são do sexo feminino, média de idade de 64 anos (36-87). A localização mais frequente foi na cabeça do pâncreas (81,5%). EUS-FNA e EUS-FNB foram usadas em 85,2% e 14,8%, respectivamente, com 100% de sucesso técnico. Dos 81 pacientes, 21 (25,9%) foram avaliados pelo ROSE, 20 (24,7%) pelo MOSE e 41 (49,4%) não tiveram avaliação da amostra nem pelo ROSE e nem pelo MOSE. Na avaliação pelo MOSE, o MVC foi visualizado em 65%, sendo maior que 4mm em 84,6%. Dos 81 pacientes, 80 obtiveram diagnóstico final de câncer (63,75% adenocarcinoma; 7,5% tumor neuroendócrino) e 1 de doença benigna. A acurácia geral da punção ecoguiada foi de 70%, com sensibilidade de 69,1%. O resultado da punção ecoguiada concordou com o diagnóstico final de adenocarcinoma em 68,6% e tumor neuroendócrino em 66,7% (Kappa = 0,477). O ROSE teve uma sensibilidade de 85%, o MOSE de 70% e nenhuma das técnicas de 62,5% (p=0,44). Não houve associação entre a sensibilidade e o tamanho do MVC obtido no grupo MOSE (p= 0,958).
Conclusões
Conclusão: Apesar da sensibilidade ser maior com a avaliação da amostra na sala pelo citopatologista (ROSE), não houve diferença estatisticamente significativa entre as técnicas. Estudos prospectivos com maior número de casos, e incluindo os casos benignos são necessários para melhor avaliação da técnica.
Palavras-Chave
Ultrassomendoscopico, punção ecoguiada, MOSE, ROSE, EUS-FNA, EUS-FNB, MVC, neplasias solidas de pancreas
Área
TCC – Centro de Treinamento - Ecoendoscopia
Autores
Andrea Cylene Tamura, Gilberto Fava, Stefano Baraldo Paraboli Silva, Paula Fortuci Resende Botelho, Kelly Giardina de Menezio, Leonardo Nogueira Taveira, Brunno José Coutinho da Silva, Flávia Fazzio Barbin, Vinicius Durval da Silva, Valiana Alves Teodoro, Denise Peixoto Guimarães