XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: TUMOR GLÔMICO GÁSTRICO

Apresentação do Caso

Paciente M.M.C.M, 49 anos, queixa de epigastralgia e náuseas, em seguimento ambulatorial, realizou endoscopia digestiva alta para investigação diagnóstica, visto lesão subepitelial em região antral, cerca de 2cm, feita biópsia excisional de tumoração.Anatomopatológico:neoplasia constituída por células epitelioides, com citoplasma eosinofílico claro; dispostas em ninhos, cordões e trabéculas em meio a estroma hialino, vascularizado, com vasos sanguíneos dilatados; compromete subserosa, muscular própria e submucosa;mucosa gástrica sobrejacente de padrão antral com gastrite crônica leve e foco de hiperplasia foveolar.Analisado pela imunohistoquímica, conclusão: tumor glômico infiltrativo em laminas murais gástrica, 2cm no maior eixo; índice mitótico ausente; neoplasia reagente para actina músculo liso difusamente, calponina fraca e focal, além de colágenoIV intersticial.Realizado cirurgia com gastrectomia em cunha.

Discussão

Os tumores glômicos tem origem da modificação das células de músculo liso no corpo glômico. São mais encontrados na derme e subcutâneo e raros em outros locais.Classificado como tumor mesenquimal subepitelial, geralmente benignos, com potencial de malignidade baixo.Segundo Miettinen et al. tumor glômico no estômago é 1% dos tumores mesenquimais.Os sintomas podem ser assintomático a inespecíficos, com epigastralgia, nauseas e hemorragia digestiva.Miettinen et al, relatou variação de 1 a 7cm e se localizam geralmente na região antral.Tumor estromal gastrointestinal(GIST) e neuroendórinos,são diagnósticos diferenciais, porém mascroscopicamente não é possível a definição. Embora o tratamento seja cirúrgico na maioria dos casos, a diferenciação da neoplasia pré operatório é essencial para a condução do caso.Segundo U A Almagro et al., o aspecto mais importante do tumor glômico, é sua identificação histológica e diferenciação das lesões gástricas mais comuns, principalmente com tumores malignos. Por ser essencialmente benigno, não justifica tratamento medicamentoso e cirurgia radical, já o GIST pode ser mais agressivo, com metástases.

Comentários finais

A diferenciação das neoplasias gástricas é difícil.O padrão ouro é a biópsia da lesão com análise histológica através da imunohistoquímica, a qual abrange pricipalmente os marcadores positivos e negativos de cada tipo de tumor.A abordagem médica detalhada, otimiza um diagnóstico pré operatório preciso, com uma intervenção cirúrgica e seguimento pós operatório direcionado, proporcionando um prognóstico melhor para o paciente.

Palavras-Chave

tumor mesenquimal; neoplasia gastrica; tumor glomico gastrico; neoplasias raras

Área

Gastroenterologia - Estômago/Duodeno

Autores

Elisa Bazanelli Junqueira Ferraz, Erika Caroline Alves Pinheiro, Fabio Crescentini, Fernanda Fregolente Limoni