XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO DA FÍSTULA RETO-VAGINAL RECIDIVADA UTILIZANDO AVANÇO DE MARTIUS

Resumo

Introdução: As fístulas retovaginais permanecem uma afecção de difícil tratamento, resultando em sofrimento sexual, prejudicando a qualidade de vida. Dentre as opções cirúrgicas, pode ser utilizado o avanço de retalhos com músculo bulbocavernoso (Martius) ou ainda, o músculo Gracilis, após a correção da fístula reto-vaginal. Portanto, este vídeo tem por objetivo descrever a técnica operatória da correção da fístula reto-vaginal, via transperineal, seguida do avanço do músculo bulbocavernoso (Martius). Relato: Paciente, 62 anos, três partos vaginais prévios. Relata após perineoplastia (2 anos atrás) evolução com dor local, abscesso e necessidade de re-intervenção cirúrgica, e antibioticoterapia. Após alta para acompanhamento ambulatorial persistiu a eliminação de secreção pela vagina. Após 3 meses de tentativas de tratamento clínico, sem resposta, foi submetida a investigação diagnóstica e confirmado presença de fístula reto-vaginal. Segue-se o tratamento cirúrgico para correção da fístula, via transvaginal. Evoluiu sem cicatrização da ferida, com eliminação de secreção sero-purulenta, permanecendo após 3 meses do procedimento. Procurou o serviço especializado e realizou uma avaliação completa. O ultrassom anorretal 3D demonstrou a presença da fístula reto-vaginal com o trajeto cruzando a musculatura esfincteriana na borda proximal. Foi realizada a correção da fístula, transperineal, utilizado avanço da musculatura do bulbocavernoso. Técnica: Realizou-se a incisão transperineal; dissecção do septo reto-vaginal proximal ao local da fístula; correção da fístula com fechamento por planos da mucosa anorretal, seguida da aproximação da musculatura. Incisão nos grandes lábios; mobilização da musculatura bulbocavernosa, mantendo a preservação de seu pedículo vascular inferior; tunelização e fixação da musculatura entre a vagina e o canal anal. Realizada drenagem das duas feridas operatórias. Paciente evoluiu sem complicações, permanecendo internada por três dias e utilizando antibioticoterapia. Apresentou cicatrização completa com 48 dias de pós-operatório. Conclusão: A correção da Fístula reto-vaginal com retalho bulbocavernoso é uma opção de tratamento que pode evoluir sem complicações e com cicatrização completa.

Palavras-Chave

Fistula; Tratamento; Cirurgia

Área

Cirurgia - Miscelânea

Autores

Gabriela Porto Pinheiro Marques, Carolina Murad Regadas, Marina Murad Regadas, Emanuella Castro Murad da Cruz, Camila B R da Penha, David G Ferreira, Laryssa C Pinheiro, F Sergio Pinheiro Regadas Filho, Sthela M M Regadas