Dados do Trabalho
Título
Série de casos: Dilatação com Balão de Via Biliar em Lactentes com Estenose Esofágica
Apresentação do Caso
Paciente do sexo feminino, com diagnóstico de atresia esofágica, submetida a esofagoplastia no segundo dia de vida. Com 166 dias de PO, evoluiu com episódios de regurgitação e engasgos após a introdução de alimentos pastosos. Exame radiológico contrastado evidenciou estenose esofagiana. A paciente foi submetida a quatro sessões de dilatação esofágica endoscópicas com balão de via biliar. Desde a segunda dilatação não apresentou novos episódios de regurgitação ou engasgos.
Paciente do sexo feminino, submetida à esofagoplastia aos 2 dias de vida por atresia de esôfago, encaminhada de outro serviço por estenose na anastomose visto em exame radiológico contrastado com 40 dias de vida. Foi submetida a oito sessões de dilatação endoscópica com balão de via biliar. Desde a quinta sessão não apresentou novos episódios de regurgitação ou sialorreia.
Paciente do sexo masculino, recém-nascido prematuro, desde o segundo dia de vida com episódios de engasgo e respiração ruidosa. Foi solicitada nossa avaliação aos 58 dias de vida, realizada EDA a beira leito de UTI, paciente em IOT, e identificada estenose esofágica congênita, não transponível pelo aparelho neonatal. Devido a não progressão de sonda enteral, foi optado por gastrostomia cirúrgica para nutrição e aguardo da melhora clínica. A estenose congênita foi classificada como fibromuscular pela TC. Com 72 dias de vida, após melhora clínica, foi realizada nova EDA, agora em centro cirúrgico, com a dilatação endoscópica com balão de via biliar da estenose esofágica. Após 36 dias da dilatação foi realizado nova EDA com área de estenose pérvia ao aparelho. Paciente permanece assintomático.
Discussão
A terapêutica da estenose esofágica, tanto congênita, quanto pós cirúrgica, em RN e lactantes acaba ocorrendo de forma cirúrgica na maioria dos casos, tanto pela falta de equipamentos adequados, quanto pela falta de profissionais habilitados para a realização de outras formas de tratamento. Em serviços que possuem serviço de endoscopia pediátrica, a utilização de um balão de dilatação de via biliar, pode ser adaptado, para realizar as dilatações esofágicas devido suas proporções semelhantes ao esôfago nessa faixa etária.
Comentários finais
A dilatação esofágica com balão de vias biliares por meio de EDA, é uma alternativa segura e deve ser uma opção em locais que possuem serviços de endoscopia pediátrica, por ser menos invasiva que o tratamento cirúrgico e com resultados satisfatórios em manter o esôfago com calibre adequado.
Palavras-Chave
estenose esofágica, lactentes, balão de via biliar
Área
Endoscopia - Endoscopia digestiva pediátrica
Autores
Mariana Pacchioni, Bianca de Souza Correa, Bruna Aliotto Nalin Tedesco, Ana Luiza Rodakowski de Onofre, Renata Buraschi Antunes, Thais Gagno Grillo, Erica Mariah Correa Rodrigues Giriboni, Paulo Cezar Haddad de Amorim, Giovana Tuccille Comes Brambilla, Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção, Erika Veruska Paiva Ortolan