XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Prevalência de epitelização colunar em esôfago distal, com ou sem Barrett, nas gastroplastias redutoras e sua associação com o Helicobacter pylori.

Introdução

Atualmente a cirurgia bariátrica vem sendo realizada em larga escala como procedimento estético para a perda de peso. No entanto, o número de complicações endoscópicas é diretamente proporcional ao aumento destas cirurgias. Dentre estas, a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é frequente e diagnosticada através da presença de esofagites e, consequentemente, por áreas de epitelização colunar no esôfago distal (ECED), lesão esta precursora de adenocarcinoma esofágico pós esôfago de Barrett (EB).

Objetivo

Analisar a prevalência de ECED, com ou sem esôfago de Barrett, no pós-operatório tardio (mais de 5 anos) de pacientes submetidos a cirurgia bariátrica dos tipos “Sleeve” e “By pass” e sua relação com o Helicobacter pylori (H Pylori).

Método

Estudo retrospectivo observacional, realizado em um serviço privado de endoscopia digestiva em São Paulo - SP, no qual selecionamos, no período entre 2018 à 2020, 1352 pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. Após aplicados os fatores de inclusão e exclusão, selecionamos 950 pacientes. Destes, 634 realizaram a cirurgia do tipo “By pass” e 316 realizaram cirurgia do tipo “Sleeve”. Após, dividimos em dois grupos: Grupo 1 (G1) paciente com cirurgia bariátrica tipo “By pass” com ECED; Grupo 2 (G2): pacientes com cirurgia bariátrica tipo “Sleeve” com ECED.

Resultados

G1: 25/634 (3,94%) ECED; sendo 9/634 (1,4%) // 9/25 (36%) casos de EB, sem displasia. G2: 16/316 (5,06%) ECED; sendo 1/316 (0,3%) // 1/16 (6,25%) casos de EB; sem displasia. A média de idade nos dois grupos foi de 46 anos, com predominância do gênero masculino nos dois grupos. Não houve relação com o H pylori nos dois grupos (G1: 2 casos; G2: 1 caso). A prevalência de ECED no G1 foi de 3,94% e no G2 1,4%. A prevalência de EB no G1 foi de 36% e no G2 6,25%, sendo esta diferença estatisticamente relevante.

Conclusões

Não houve diferença estatística entre o G1 e o G2 em relação as ECED. Houve diferença estatística entre a prevalência de EB entre o G1 e o G2, sendo a prevalência maior no G1. Não houve diferença estatística quando relacionamos o H.pylori entre o G1 e o G2.

Área

TCC – Centro de Treinamento - Endoscopia digestiva alta

Autores

Nicolas Jannuzzelli Richwin, Ana Carolina Fernandes Reis, Ivana Tamie Yamashita Shinzato, Morgana Andressa da Silva Santos, Rafael Carvalho Silva, Rafaella Christina Gouveia Lauriano, Andressa Tomé Rezende Faria, Marina Doles Ascenção , Thiago Camilo Andrade Bertolotto, Verônica Cangussú Serretti Leonel, Artur Adolfo Parada, Matheus Degiovani