XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

DIFICULDADE DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA DIANTE A RARIDADE DO LEIOMIOSARCOMA HEPÁTICO PRIMÁRIO

Introdução

O leiomiosarcoma hepático primário (LHS) é um tumor extremamente raro, com poucos casos publicados. Sua apresentação clínica e achados de imagem inespecíficos dificultam um diagnóstico precoce, de modo que na grande maioria das vezes o diagnóstico é realizado quando o tumor já atingiu um tamanho grande e com pouca resposta às possibilidades terapêuticas. A raridade destes tumores também os torna pouco compreensíveis, sem padrões de tratamento definidos e com prognóstico ruim.

Objetivo

Reconhecer métodos diagnósticos do Leiomiosarcoma Hepático Primário visto a raridade deste tumor e dificuldade para o diagnóstico precoce; descrever as tendências no tratamento desta condição.

Método

Revisão da literatura disponível no banco de dados do MEDLINE. Discussões de casos clínicos, em especial um caso acompanhado em nosso serviço.

Resultados

As manifestações clínicas do LHP não são específicas; de modo geral são assintomáticos até o aumento significativo de tamanho e efeito compressivo. Ao exame físico podem apresentar desconforto abdominal e hepatomegalia. Como exemplo podemos citar um caso clínico de LHP que deu seguimento em nosso serviço: paciente, 54a, com dispneia em repouso, aumento do volume abdominal e edema de MMII. Há 7 meses vinha em acompanhamento devido a nódulo hepático a esclarecer; recebeu inicialmente a hipótese de hemangioma, porém, apresentando piora progressiva, foi transferida para o nosso serviço para seguir à investigação.

Conclusão

A raridade desta doença, o diagnostico tardio e os poucos estudos referentes as terapêuticas possíveis não nos permite uma conduta perfeita. Devido a raridade, esta patologia muitas vezes não é considerada como hipótese inicial, e por este motivo vai-se postergando as intervenções necessárias. O diagnóstico precoce permanece sendo essencial para a ressecabilidade da lesão, portanto, sempre que houverem condições clínicas, e diante de centros médicos com tecnologias avançadas, a punção guiada por TC deve ser realizada, bem como análise minuciosa das lâmina obtidas para patologia. Devemos contar com o avanço da radiologia e bons profissionais na área da patologia. Estando diante do diagnóstico de LHP, a cirurgia deve ser realizada o mais precoce possível, com ressecção do tumor e, se necessário, associação com QT adjuvante. O transplante hepático permanece como última opção para os casos em que não é possível preservar parênquima hepático.

Palavras-Chave

leiomiosarcoma hepático primário; tumor hepático; tumor raro

Área

Cirurgia - Fígado

Autores

AMANDA MARTINS CHARNECA, PEDRO AGUSTO MANNA BALBO, GABRIELA RODRIGUES KNITTEL FERREIRA, JORGE MARCELO PADILLA