Dados do Trabalho
Título
Tratamento dos distúrbios do assoalho pélvico utilizando neuromodulação sacral
Resumo
A Neuromodulação sacral é uma modalidade de tratamento efetivo na Incontinência fecal e urinária apresentando resultados satisfatório a curto e longo prazo. Este vídeo tem por objetivo descrever a técnica operatória detalhada da neuromodulação sacral, as duas fases, numa paciente com múltiplas disfunções do assoalho pélvico. Relato: Pct, 61a, apresentando incontinência fecal(IF) (escore 13/20), sintomas de constipação/evacuação obstruída(EO) (escore 14/30) e incontinência urinária(IU). Diabética, 5 partos vaginais, constipação longas datas, dois procedimentos para correção IU. Sem resposta a fisioterapia do assoalho pélvico. Foi avaliação com manometria anorretal e Ultrassom 3D dinâmico. Técnica:Fase I-Paciente em decúbito ventral, com elevação da região lombossacra, sob sedação e anestesia local. Procede-se à marcação dos pontos anatômicos, bilateralmente, correspondendo a junção sacrilíaca, identificando forame S3, confirmando por radioscopia. Segue anestesia local e introdução da agulha a 1,5cm acima dessa marcação, com angulação de 60º de forma centralizada. A posição da agulha em S3 é confirmada pela fluoroscopia em AP e lateral e verificada a adequada resposta motora em glúteos e hálux em cada lado e a melhor resposta com o menor estímulo para escolha do lado adequado. Procede-se à colocação de fio guia e segue o dilatador. A introdução do eletrodo deve ser acompanhada por radioscopia, posicionando 3 polos distais ao longa da raiz sacral e um polo no forame S3. Os testes são realizados nos 4 pólos para verificar a melhor resposta em cada um, do 0 ao 3. Realiza-se a tunelizaçao do eletrodo para uma incisão de 3cm abaixo da crista ilíaca no mesmo lado do implante. Segue-se uma tunelização secundária contralateral para conexão do estimulador externo. O paciente é programado e acompanhado por 2 semanas. Houve melhora em mais de 80% dos sintomas apresentados e foi indicado o implante definitivo. Realizada a 2° fase, sob sedação e anestesia local, em decúbito ventral, abertura da previa da pele e exposição do eletrodo. Após a secção do extensor externo, conecta-se diretamente o eletrodo na bateria definitiva, posicionada sob o tecido subcutâneo. Realizada a programação da paciente que continuou alcançando os melhores resultados, sem complicações e melhora na IF, IU e nos sintomas de OE. Conclusão: Esta técnica beneficiou a paciente apresentando melhora expressiva nos sintomas de distúrbios do assoalho pélvico e sem complicações.
Palavras-Chave
Incontinência fecal ; incontinência urinária, distúrbios do assoalho pélvico ; Tratamento
Área
Cirurgia - Miscelânea
Autores
Carolina Murad Regadas, Marina Murad Regadas, Larissa Moreira Camara Fernandes, Amanda Souza Moreira, Emanuella Castro Murad Da Cruz, Lara Burlamaqui Veras, Adjra Da Silva Vilarinho, Sthela Maria Murad-Regadas