Dados do Trabalho

Título

DIAGNÓSTICO DE LEIOMIOMA EM PACIENTE COM SINTOMA DISPÉPTICO : RELATO DE CASO

Apresentação do Caso

Paciente feminina, 49 anos, obesa, com queixa de epigastralgia há cerca de 4 meses, estava em uso de inibidor de bomba de prótons devido provável doença do refluxo gastroesofágico, sem melhora significativa dos sintomas, foi encaminhada para o serviço para realização de endoscopia digestiva alta. Ao exame físico não apresentava nenhuma alteração.
Após a realização da endoscopia digestiva alta, foi evidenciada uma área edematosa focal sobrelevada em esôfago médio de aspecto , além de teste da urease positivo. Uma vez que no serviço não havia disponibilidade de ecoendoscopia, foi realizada biópsia sobre biópsia, restante do exame dentro da normalidade e testa da urease positivo. Paciente recebeu tratamento para H.pylori. O resultado do anatomopatológico foi conclusivo para leiomioma submucoso, sendo confirmado através de imunohistoquímica.

Discussão

O H.pylori é uma infecção a qual apresenta sintomatologia diversa, incluindo a epigastralgia, motivo pelo qual os pacientes procuram atendimento especializado, sendo a endoscopia, um dos principais exames realizados para fazer esse diagnóstico.
Por sua vez, a endoscopia pode diagnosticar outros tipos de doenças até mesmo de forma insperada, tais como, pólipos, tumores malignos e tumores benignos . Os tumores benignos do esôfago são raros e na maior parte das vezes assintomáticos. A idade média de surgimento é entre a terceira e quinta décadas, sendo mais frequentes no sexo masculino.
Tem-se observado um aumento da incidência, que possivelmente é decorrente da disseminação da endoscopia digestiva e ultrassonografia endoscópica. Sabe-se que estes tumores tem crescimento lento e a maioria não requer terapêutica específica, sendo necessária no surgimento de sintomas, e no caso dos leiomiomas maiores que 4 cm.

Comentários finais

Com base no resultado obtido através do exame, a paciente foi referenciada para acompanhamento no ambulatório de gastroenterologia, então, a mesma deveria ser encaminhada para realização de ultrassonografia endoscópica para melhor avaliação da lesão, uma vez que este exame possibilita avaliação adequada do tamanho da lesão, presença de linfadenopatia e características potencialmente malignas.