XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Tratamento da Fístula anal pela técnica de preservação esficnteriana – LIFT

Introdução

A técnica LIFT (ligadura do trajeto fistuloso no espaço inter-esfinctérico) tem sido amplamente utilizada no tratamento da fístula anal apresentando índice de cicatrização variando de 40 a 95%.

Objetivo

Demosntrar os resultados de pacientes portadores de fístula anal criptoglandular tratado pela técnica LIFT.

Método

Pacientes portadores de fístula anal criptoglandular, num periodo de 2017 a 2019, submetidos a tratamento cirúrgico utilizando técnica LIFT e avaliados no pós-operatório, no período mínimo de 6 meses, quanto a cicatrização ou recidiva. Todos os pacientes foram avaliados no pré-operatório clinicamente e utilizando um exame de imagem para caracterizar o tipo da fístula e percentual de musculatura envolvida pelo trajeto fistuloso.

Resultados

Foram incluidos um total de 54 pacientes, com idade média de 36±11,8 (variação, 17-62 anos); 51 com fístula transesfincteriana e 3 supra-esfincteriana. Destes, 32(59%) eram do sexo feminino. O total de 41(76%) pacientes apresentavam o trato posicionado no quadrante anterior. A porcentagem média do esfíncter anal externo anterior(EAS) e do EAS-PR posterior comprometido pelo trajeto foi de 65%(variação de 33-100%) e 57% (40-100%), respectivamente. A taxa de cicatrização primária ocorreu em 38(70,4%). Em 12 (22,2%) não houve cicatrização imediata, sendo evidenciado 5 fístulas persistentes(3 tipo transesfincterianas, duas fístula interesfincteriana); em 5 pacientes presença cavidade(sinus) no espaço extraesfincteriano e 2 em cavidade(sinus) no interesfincteriano. Desses com cavidade, 7(13%) foram tratados com aplicação local de albocresil. Um total de 45(83,4%) pacientes teve cicatrização em um tempo médio de 8 (variação, 5–29) semanas devido ao fechamento tardio desses 7 casos. O tempo médio de recidivas foi de 26(variação, 20–33) semanas. Ocorreram 4(7,4%) recidivas(3 transesfincterianas e uma interesfincteriana). Dos 9 pacientes com fístula: três interesfinctericas foram tratadas com fistulotomia e em 6 com fístulas transesfincterianas, 3 foram tratadas por variação da técnica (novo-LIFT combinado com fistulotomia) e 3 com apenas novo-LIFT. Um deles foi submetido apenas a um re-LIFT e teve uma falha com fístula interesfincteriana persistente, tratada com fistulotomia. Em dois pacientes houve sintomas menores de incontinência fecal pós-operatória , escore entre 0-4.

Conclusão

A LIFT apresentou bons resultados, com índice de cicatrização em 83% dos pacientes. Ademais, por não seccionar a musculatura esfincteriana, pode ser realizada mais de uma vez.

Palavras-Chave

Fístula, cirurgia, incontinência

Área

Cirurgia - Cólon

Autores

Amanda Souza Moreira, Carolina Murad Regadas, Marina Murad Regadas, Emanuella Castro Murad da Cruz, Gabriela Porto Pinheiro Marques, Mariana Muniz Murad da Cruz, Lara Burlamaqui Veras, Felipe R Nogueira, F Sergio P Regadas Filho, Jose Jader de Mendonça Filho, Sthela M Murad Regadas