XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA DE CÓLON: PANORAMA NACIONAL AO LONGO DE UMA DÉCADA (2011-2020)

Introdução

O câncer de cólon abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, com exceção do reto. Grande parte desses tumores se iniciam a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Quando as células cancerígenas estão na parede do cólon, podem crescer nos vasos sanguíneos ou vasos linfáticos e, a partir daí, ir para os linfonodos próximos ou outros órgãos. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente

Objetivo

Caracterizar a situação da neoplasia maligna de cólon no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2020

Método

O estudo apresenta um caráter descritivo, quantitativo e transversal no período de 2011 a 2020. Os dados referem-se ao número de internações por neoplasia maligna de cólon no Brasil, obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), plataforma de registros associada ao DATASUS. As variáveis utilizadas foram: número de internações por região, faixa etária, sexo e cor/raça e taxa de mortalidade.

Resultados

No período, foram realizadas 423.204 internações por câncer de cólon; dessas, 195.281 (46%) ocorreram na Região Sudeste, enquanto 195.281 (33%) na Região Sul, 54.812 (13%) na Região Nordeste, 28.349 (6%) na Região Centro Oeste. A região Norte foi responsável por, aproximadamente, 2% (8.727) das internações. Houve uma discreta prevalência no sexo feminino, com uma diferença de 2.916 internações em relação ao sexo masculino. Observou-se que o número de internados predomina em indivíduos de cor branca (54%). Nota-se que a idade é fator preponderante para as internações por câncer de cólon, pois indivíduos acima de 50 anos corresponderam a 76%. No que se refere à taxa de mortalidade por neoplasia maligna de cólon, evidencia-se uma taxa nacional de 8,21, embora se tenha notado discrepâncias regionais evidentes. A taxa de mortalidade na Região Sudeste corresponde a 9,98, seguida, imediatamente, pela Região Norte com 9,33, Centro-Oeste com 8,50 e Nordeste com 7,96; a região com menor taxa de morte é a Região Sul, com média de 5,71.

Conclusão

Diante dos resultados apresentados, reitera-se a necessidade de exames com mais frequência a partir dos 50 anos de idade, como medida de rastreamento e prevenção de neoplasia maligna de cólon. Medidas de enfretamento à subnotificação e de intervenções precoces são relevantes para a redução da mortalidade e sobrevida dos pacientes.

Palavras-Chave

Neoplasia; Cólon; Gastroenterologia

Área

Gastroenterologia - Intestino

Autores

Matheus da Silveira Maia MAIA, Davi Viana Melo de Farias FARIAS, Adriano de Oliveira Vieira VIEIRA, Daniel Miranda de Souza Nascimento NASCIMENTO, Thiago Henrique de Aguiar Sousa SOUSA