XX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Impacto da circunferência abdominal e IMC na esofagite da DRGE: Casuística de um hospital terciário CET-SOBED

Introdução

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma desordem do trato gastrointestinal alto de distribuição global e frequente na prática clínica. Devido seu espectro variável de sintomas, causam impacto na qualidade de vida dos pacientes, sobrecarregam a saúde e a economia global. Obesidade é um fator de risco que impacta diretamente na ocorrência das manifestações clínicas da DRGE.Os indicadores antropométricos têm se mostrado ferramentas importantes na aferição da adiposidade abdominal, por serem métodos não invasivos e com correlação positiva com métodos de imagem

Objetivo

Traçar o perfil clinico dos pacientes submetidos à endoscopia atendidos num hospital terciário CET SOBED e relacionar a ocorrência da DRGE com o índice de massa corporal geral (IMC) e a circunferência abdominal (CA)

Método

Foram inclusos 620 pacientes que realizaram endoscopia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, no período de março de 2020 a março de 2021.A coleta de dados realizada através de um questionário e de medidas antropométricas, realizadas na admissão da unidade. Analise descritiva e qualitativa dos dados com auxílio do Software IBM SPSS Statistics (2019) e o Microsoft Excel(2018) e verificações entre os fatores de risco analisadas, pelo teste qui-quadrado de Pearson e odds ratio(OR),quando a frequência esperada foi inferior a 5 aplicou-se o teste de Fisher.

Resultados

Do total de 620 endoscopias, o sexo feminino foi mais prevalente 66,9%, a idade média de 51 anos, com prevalência de IMC elevado de 71,6% e CA de valor elevado em 60,6% dos pacientes. Esôfago dentro da normalidade em 44,8% dos exames. Com relação ao IMC elevado relataram regurgitação (OR 1,609; p=0,007) e boca amarga (OR 1,443; p=0,039), esofagite grau C/D de Los Angeles(p=0,008). Em relação as mulheres com CA maior que 88cm, eram hipertensas (OR=1,603; p=0,039), diabéticas (OR=2,525; p=0,001) e não apresentavam ENE ( OR 1,697; p=0,023). Quando comparamos os homens com CA maior que 102, rastreios neoplásicos não possuíam CA maior que 102 (OR 0,466; p= 0,031), não apresentaram ENE (OR 0,468; p=0,011) e maioria não realizaram biópsias (OR 1,938; p=0,037)

Conclusões

No estudo concluiu-se que quando maior o IMC, maior a chance de esofagite erosiva grau C e D de Los Angeles, e sintoma típico como regurgitação. Em relação a circunferência abdominal aumentada, neste estudo, não se observou diferença estatística entre as variáveis que fazem o diagnóstico clínico ou endoscópico de DRGE

Palavras-Chave

refluxo gastroesofágico; obesidade; circunferência abdominal;

Área

TCC – Centro de Treinamento - Endoscopia digestiva alta

Autores

DAVI MORAES ALBUQUERQUE, Rodrigo Tadeu Silvestre, Carlos Eduardo Braga, Felipe Campois Paula, Erick Hass, Roberto Garcia