Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS NA INFÂNCIA/ADOLESCÊNCIA - RELATO DE CASO

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 16 anos, solteira, virgo, menarca aos 14 anos, apresentou em Agosto/2 quadro de perda ponderal, associado a icterícia e tumoração abdominal. Após 1 mês, apresentou quadro súbito de dor abdominal intensa, sendo submetida a laparotomia exploradora devido a abdome agudo. No intraoperatório, foi realizado controle da hemorragia interna e biópsia da lesão. No resultado do anatomopatológico do material da cavidade endometrial e parede miometrial foi evidenciado neoplasia maligna de histogênese indeterminada e, na amostra da imunohistoquímica, foi evidenciado neoplasia germinativa compatível com carcinoma embrionário com citoqueratina, PLAP e CD30 positivos. Após tais achados, a paciente foi estadiada em Carcinoma embrionário do útero – FIGO IVB. A mesma foi submetida ao protocolo GALOP 2017 sendo realizado 5 ciclos no período de 3 meses. Em Abril/22 foi submetida à ooforectomia esquerda, biópsia de goteiras parietocólicas ressecado de implante de mesotélio, omentectomia e lavado parietal. O resultado da biópsia cirúrgica de todos os tecidos avaliados evidenciou ausência de comprometimento neoplásico. DISCUSSÃO: Os tumores de células germinativas (TCG) são neoplasias benignas ou malignas derivados das células germinativas primordiais pluripotentes e que podem ocorrer em sítios gonadais ou extragonadais. Por esta razão, os TCG são caracterizados por distintos achados clínicos e histológicos que influenciam o prognóstico. Tais tumores compreendem aproximadamente 20 a 25% das neoplasias do ovário em geral, mas representam apenas cerca de 5% de todas as neoplasias malignas do ovário. Os TCG são encontrados principalmente em mulheres jovens entre 10 e 30 anos de idade, representando 70% das neoplasias de ovário nessa faixa etária. A maioria dos TCG apresenta sinais ou sintomas inespecíficos e o diagnóstico é feito por histologia no momento da excisão cirúrgica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria das pacientes com carcinoma ovariano é submetida a estadiamento cirúrgico. Histerectomia total e salpingo-ooforectomia bilateral com esvaziamento linfonodal pélvico e para-aórtico é o procedimento de estadiamento padrão. A maioria dos pacientes com carcinoma ovariano também precisa de tratamento quimioterápico adjuvante. Sabendo disso, o protocolo GALOP 2017 propõe a melhora da sobrevida através da análise dos marcadores séricos e os critérios de elegibilidade para o uso dos quimioterápicos de primeira linha.

Área

Outros

Autores

RACHEL DE SOUZA AQUINO, JAMILLY DYENNE MELÃO FERNANDES , JULIA AYRES DA MOTTA TEODORO