Dados do Trabalho

Título

Alterações funcionais pulmonares persistentes em pacientes que receberam tratamento para osteossarcoma

Resumo

Introdução: Metástases pulmonares de osteossarcoma podem levar a segmentectomias e lobectomias. O tratamento inclui altas doses de quimioterápicos com potencial toxicidade pulmonar.
Objetivos: Analisar volumes, capacidades pulmonares e força muscular respiratória de pacientes tratados com quimioterapia e cirurgia para osteossarcoma.
Métodos: Série de casos de pacientes tratados, com análise dos testes de espirometria, oscilometria de impulso e manuvacuometria.
Resultados: Em 21 pacientes, a idade mediana ao diagnóstico foi de 15 anos e na inclusão de 30 anos. O tempo médio livre de doença foi de 10 anos. Foram utilizados oito quimioterápicos diferentes: cisplatina, doxorrubicina, metotrexato, carboplatina, ifofosfamida, epidoxorrubicina, ciclofosfamida e etoposídeo. Houve alterações nos exames em 14 pacientes (66%), com distúrbios obstrutivos leves na espirometria em três pacientes (14,3%) e padrões obstrutivos na oscilometria em 7 pacientes (33%). Na espirometria, os valores médios ± desvio padrão (DP) da capacidade vital forçada (CVF) foram de 91,9% ± 12,2; O volume expiratório forçado em um segundo (VEF1) foi de 87% ± 12 e as relações VEF1/CVF, 95% ± 8. Na oscilometria, os valores médios ± DP para resistência em 5 Hz foram 126% ± 36; para resistência a 20 Hz, 128% ± 32; reatância a 5 Hz, -0,75 ± 0,68 kPa/L/s; para frequência de ressonância, 15,6 ± 4 Hz. Nove pacientes (42,8%) apresentaram alteração na manuvacuometria: as pressões máximas expiratórias (PEmáx) foram reduzidas em oito pacientes e as inspiratórias (PImáx) em três. A PImax média ± DP foi de 89,4 ± 29,5; PEmax, 88 ± 37,7.
Conclusões: Observamos alterações leves nos testes de função pulmonar nesta série de pacientes, anos após o tratamento do osteossarcoma.

Área

Efeitos tardios