Dados do Trabalho
Título
O uso do cloridrato de pazopanibe no tratamento de sarcoma de partes moles avançado
Resumo
Devido sua natureza ubíqua, os sarcomas de partes moles podem correr em qualquer região do corpo, a maioria surge nas extremidades inferiores, porém são comuns também no tronco e em alguns casos na cabeça e pescoço. O sintoma mais comum é de uma massa ou edema de tecido mole, seguido de dor em um terço dos pacientes, portanto, devido à falta de sintomas, muitas vezes existe uma demora no diagnóstico. O cloridrato de pazopanibe é um potente inibidor multialvo da tirosinoquinase de receptores dos fatores de crescimento endotelial vascular 1, 2 e 3 (VEGFR-1, VEGFR-2, VEGFR-3), dos fatores de crescimento derivados de plaquetas α e β (PDGFR-α e PDGFR-β) e do receptor do fator de célula- tronco (c-KIT) (64), o cloridrato de pazopanibe teve sua indicação aprovada pela Anvisa para subtipos específicos de sarcoma de partes moles avançado que receberam quimioterapia prévia para doença metastática ou que tenham progredido dentro de 12 meses após a terapia neoadjuvante ou adjuvante. Esse artigo científico tem como objetivo revisar estudos sobre o uso do cloridrato de pazopanibe como principal inibidor utilizado para casos avançados de sarcomas de partes moles, sendo utilizado como método, estudos publicados no pubmed e scielo. Como resultado, temos que em estudos de fase III como o PALLETE onde 372 pacientes foram registrados e 369 foram randomizados para receber pazopanibe (n=246) ou placebo (n=123). A sobrevida livre de progressão mediana foi de 4,6 meses (IC 95% 3,7-4,8) para pazopanibe em comparação com 1,6 meses (0,9-1,8) para placebo (taxa de risco [HR] 0,31 , 95% CI 0,24-0,40; p<0,0001). Entre os principais efeitos adversos do cloridrato de pazopanibe podemos citar aumento dos marcadores hepáticos, culminando em uma disfunção hepática, fadiga, hipertensão, anorexia, astenia e despigmentação capilar. Assim, conclui-se que, o cloridrato de pazopanibe é eficaz para o tratamento de sarcomas de partes moles quando avançado que tenham recebido quimioterapia prévia para doença metastática ou que tenha progredido em até 12 meses após terapia adjuvante ou neoadjuvante. Porém, seu uso deve ser monitorado devido às reações que acontecem com frequência em pacientes, como a disfunção hepática que pode resultar até em morte do paciente, sendo assim, o paciente que é bem assistido pela equipe médica e que cumpra as demais indicações postas pela Anvisa, é um paciente que pode ser beneficiado com a medicação e ter um melhor prognóstico e melhor qualidade de vida.
Área
Tumores sólidos
Autores
ARTHUR FRANCISCO ANDRADE GALDINO, ANA CLARA RODRIGUES DO NASCIMENTO BEZERRA, MARIA ALICE ALVES SANTIAGO, MANUELLA NASCIMENTO REGIS