Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

O papel da fisioterapia em um Ependimoma Anaplásico: um relato de caso.

Resumo

Relato de caso: Paciente DMFS. 1 ano, com histórico de dificuldades e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Anteriormente, apresentou um episódio de crise convulsiva com extensão tônica e abaulamento de fontanela anterior. Chegou ao serviço com a presença de tremores cefálicos, lateralização da cabeça à esquerda e ataxia de tronco. Realizado ressonância magnética que evidenciou volumosa lesão expansiva acometendo pedúnculos cerebelares médio e inferior direito, vermis, hemisfério cerebelar direito, ponte à direita, ocupando o quarto ventrículo e infiltrado em bulbo, com áreas de calcificação. Realizado o procedimento cirúrgico de ressecção tumoral e instalada derivação ventricular externa. Após procedimento, foi admitido em unidade de terapia intensiva, em intubação orotraqueal, sedado e em uso de ventilação mecânica invasiva. Na avaliação fisioterapêutica, no âmbito motor, foi possível observar atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e déficit de controle de tronco e cervical, no âmbito respiratório, em uso de traqueostomia Shilley, hipersecretivo e com necessidade de aspiração traqueal. Desta forma, devido a raridade do tumor e a escassez de estudos sobre evolução de pacientes com ependimoma anaplásico, avaliação e reabilitação fisioterapêutica na literatura, fez-se necessário descrever e evidenciar a atuação do fisioterapeuta neste caso. Discussão: O ependimoma anaplásico é um tumor raro, comum na infância, atinge crianças menores de três anos de idade. No caso descrito, foi observado na avaliação fisioterapêutica um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, associado a déficits motores e de equilíbrio, devido a localização e do tipo de tumor. O uso de ventilação mecânica invasiva e de sedativos de forma prolongada, podem acarretar na diminuição de força muscular global e em déficits funcionais em relação ao seu desenvolvimento. Durante a reabilitação, foram utilizadas técnicas e estímulos do desenvolvimento neuropsicomotor, através do conceito neuroevolutivo de Bobath e técnicas de alcances, a fim de proporcionar uma melhora na funcionalidade e facilitando este desenvolvimento. Considerações finais: A atuação do fisioterapeuta como integrante da equipe interdisciplinar de primeiro contato em pacientes oncológicos é de suma importância, realizando avaliações, atuando na reabilitação desde o início e preparando-os para possíveis condutas terapêuticas como quimioterapia e radioterapia.

Área

Reabilitação

Autores

Laura Souza Pereira, Leonardo Hermenegildo Barato, Maria Paula Martins Gomes, Ana Carolina Brianez Rodrigues