Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

Tumor miofibroblástico inflamatório em osso maxilar de paciente pediátrico: diagnóstico diferencial raro de neoplasias malignas na infância

Resumo

APRESENTAÇÃO: Paciente 2 anos e 10 meses, sexo masculino, há 8 meses com história de lesão expansiva de crescimento progressivo em região maxilar esquerda. Bom estado geral, ativo, sem perda ponderal, sem dor local, sem adenomegalias, afebril, e aceitando bem as dietas ofertadas. Palpação de região topográfica de saco lacrimal e seio maxilar esquerdos apresentando tumoração de consistência pétrea, indolor, aderida a planos profundos, sem sinais flogísticos associados. Em estudo de imagem (RNM da face), observado lesão óssea nodular em toda a extensão do osso maxilar esquerdo, sem sinais de agressividade local. Realizado inicialmente biópsia da lesão, com anatomopatológico inconclusivo revelando proliferação fusocelular atípica, e achados histológicos compatíveis com proliferação miofibroblástica de baixo grau em tecido ósseo. Conforme revisão de literatura, optado por seguir com reabordagem cirúrgica para ressecção total da lesão, sem indicação de terapia adjuvante. DISCUSSÃO: O tumor miofibroblástico inflamatório (TMI) é um tipo raro de tumor sólido benigno, composto por células inflamatórias e células fusiformes mesenquimais, e que acomete principalmente crianças e adultos jovens, e pode ocorrer em localizações anatômicas variáveis. Esses tumores são difíceis de distinguir de outras neoplasias podendo mimetizar neoplasias malignas aos exames de imagem, sendo necessária análise histológica para estabelecer o diagnóstico. COMENTÁRIOS FINAIS: Embora a faixa pediátrica constitua a maioria dos casos do TMI, um número limitado de casos foi relatado na literatura pediátrica. Dentre as principais neoplasias malignas consideradas como diagnóstico diferencial para o caso em questão, estão o rabdomiossarcoma e o sarcoma de ewing. Ambas doenças agressivas e que exigem tratamento quimioterápico intensivo. Já para o TMI, a ressecção cirúrgica completa é a única opção curativa conhecida até o momento, não havendo indicação de quimioterapia ou radioterapia.

Área

Tumores sólidos

Autores

Aillyn Fernanda Bianchi, Raissa Travagini Ferreira, Amanda Almeida da Luz, Ana Paula de Andrade, Jaqueline Perschin Santos, Ana Paula Kuczynski Pedro Bom, Edna Kakitani Carboni, Camile Cripa Vicentini, Roberta Abreu de Figueiredo, Augusto Oliveira Silva, Alejandra Adriana Cardoso de Castro, Gabriela Caus Fernandes Luiz, Flora Mitie Watanabe, Hadelle Habitzreuter Hassmann