Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

Utilização de brinquedos terapêuticos no cuidado à saúde de crianças com câncer: relato de experiência

Resumo

Introdução:
O tratamento em oncopediatria pode trazer diversas consequências. Seu método de implementação envolve a inserção de diversos dispositivos, estes auxiliam tanto na administração de medicações quanto na manutenção de funções fisiológicas alteradas. O paciente passa por várias fases do tratamento e, todo o processo de enfrentamento da doença é acompanhado pelo medo e angústia. O brinquedo terapêutico (BT) foi criado para auxiliar a criança na administração dos sentimentos, mostrando e ajudando-a a entender as situações ameaçadoras. É caracterizado por peças ou bonecos que simulam situações hospitalares, pode ser classificado em instrucional, dramático ou capacitador de funções fisiológicas. Em um ambiente de cuidado à saúde torna-se viável a utilização das três categorias.
Objetivo: Descrever a utilização dos bonecos de super-heróis, equipados com dispositivos médicos invasivos durante o atendimento das crianças em tratamento oncológico.
Método: Relato de experiência que descreve a implantação da ludoterapia em um hospital de câncer infantojuvenil. Refere-se ao olhar qualitativo e descritivo dos autores.
Relato: A ideia do uso dos brinquedos terapêuticos teve início em 2016. Durante as consultas médicas e de outras especialidades, os profissionais e uma enfermeira notaram que havia uma lacuna na explicação dos procedimentos e dispositivos que seriam implementados durante o tratamento. O primeiro boneco a ser adaptado foi um Hulk (Marvel Comics), intencionalmente escolhido pela representação nítida de veias em seu corpo. Assim, foi adaptado um cateter venoso periférico e um cateter totalmente implantado. A equipe multidisciplinar passou a utilizar estes recursos na prática diária, levantando demandas de adaptações dos brinquedos a partir das áreas de atendimento, como: nutrição, fonoaudiologia, ortopedia, entre outras. Optou-se pelo emprego de personagens super-heróis, pois despertam coragem e força, trazendo ideias como: enfrentar os desafios e concepções sobre como vencer os medos, mostrando que até os super-heróis podem ter medo e contornar a situação com resiliência.
Conclusão: O uso mostrou-se positivo em diversos aspectos. Em relato, os profissionais do serviço destacam uma notável diferença de compreensão e adesão ao tratamento tanto do paciente quanto da família e dos cuidadores após a padronização do uso da ferramenta. Além disso, prefigura maior aceitação e reconhecimento dos pacientes sobre suas condições clínicas e autoimagem.

Área

Enfermagem

Autores

Daniella Costa Oliveira, Patricia Helena Torres Alves Silva, Gisele Eiras Martins J, Vanea Lucia Santos Silva, Erica Boldrini Jamal Pereira, Dileiny Antunes Geronutti Ayub