Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇÃO ENTRE A EPIDEMIOLOGIA DE NEOPLASIAS NA POPULAÇÃO INFANTOJUVENIL E ADULTOS JOVENS NOS DOIS ÚLTMOS ANOS, NA REDE SUS

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer infantojuvenil diferentemente do câncer do adulto, não possui o seu desenvolvimento fortemente atrelado ao estilo de vida. Em paralelo, neoplasias em pessoas mais velhas costumam estar atreladas a lesões pré-malignas. No que tange tratamento, a população mais jovem possui uma sensibilidade maior a intervenção quimioterápica de radioterápica, por conseguinte, possuem melhores resultados. OBJETIVO: O objetivo é comparar a incidência, letalidade e localização primária das internações e óbitos na rede SUS devido a neoplasias na população infantojuvenil e população adulta durante o período de 2020 a 2022. MÉTODO: Estudo transversal, descritivo, realizado por meio de dados secundários disponíveis no SIH-SUS. Considerou-se todos os casos registrados de abril de 2020 a abril de 2022 na rede hospitalar SUS, sendo obtidos variáveis quanto ao número de internações e óbitos por neoplasia na população infantojuvenil (1 a 19 anos) e adulta (20 a 59 anos). Levou-se em consideração a lista do CID, sexo, além da faixa etária dos pacientes. RESULTADOS: Na faixa etária infantojuvenil foi observado ao todo 120.506 casos de câncer, já no grupo adulto o valor foi cerca de 6 vezes maior (780.924). Comparando-se os grupos, foi visto que na população mais jovem, foi mais frequente no sexo masculino (67.857), em contrapartida na população adulta foi mais incidente no sexo feminino (525.701). Ao analisar a letalidade, na população infantil, os valores foram praticamente equivalentes (mas: 2,15 e fem: 2,13). Entretanto, na população mais velha, foi visto uma discrepância maior, sendo cerca de 2% maior no sexo masculino (masc: 8,54 e fem: 5,32). No que tange a localização primária, observou-se que dos 120.506 casos na população jovem, aproximadamente 44% corresponderam apenas a Leucemia (35,5%) e neoplasia de osso e cartilagem articular (9%). Em contrapartida, na população mais velha, foi visto que a neoplasia de mama (87.247) foi a mais incidente, sendo que a Leucemia correspondeu apenas a 3,24% (25.308) de todos os casos de neoplasia nessa população. CONCLUSÃO: Corroborando com a literatura, a letalidade foi maior nas neoplasias em indivíduos mais jovens, ademais, o sítio primário mais acometido, observado nessa população, não está estritamente relacionado com os hábitos de vida, assim como nas pessoas mais velhas. Em suma, tal trabalho pode mostrar que o padrão epidemiológico se manteve dentro do esperado nos últimos dois anos, no que tange a rede SUS.

Área

Epidemiologia

Autores

Ana Clara Lemos Andrade Cunha, Kamilla Ferreira Guimarães