Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DA FADIGA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO: DADOS PRELIMINARES

Resumo

INTRODUÇÃO: Diversos estudos abordam a fadiga e a qualidade de vida como fatores que
podem afetar na adesão ao tratamento dos pacientes, inclusive na pediatria, e que devem ser
vistos com atenção desde o momento do diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar a fadiga e a
qualidade de vida de crianças e adolescentes em tratamento oncológico. MÉTODO: Estudo
transversal, com amostra não probabilística por conveniência. A coleta de dados foi realizada
em um Hospital Pediátrico de grande porte do Sul do Brasil, no período de fevereiro a maio de
2022. A população se constituiu de pacientes com idade entre 5 e 18 anos incompletos que
estivessem em tratamento oncológico. Foram excluídos os pacientes com quadro clínico
instável e que estivessem em situação de isolamento imunobiológico e/ou infectocontagioso.
Até o momento identificou-se 30 crianças elegíveis para o estudo, onde 16 destas foram
incluídas. Excluiu-se 10 pacientes de acordo com os critérios pré-estabelecidos e 4 não
aceitaram participar do estudo. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, além da
aplicação dos instrumentos (ambos na versão brasileira) Pediatric Quality of Life Inventory TM
Multidimensional Fatigue Scale (PEDSQL FD) e Pediatric Quality of Life Inventory TM Módulo
Câncer versão 3.0 (PEDSQL QV). Utilizou-se estatística descritiva para a caracterização dos
participantes do estudo. Os achados de ambos os instrumentos foram calculados de acordo com
o “manual de análise” do autor, onde quanto menor a média do escore, maior é a fadiga e menor
é a qualidade de vida do paciente. Projeto aprovado sob CAEE nº 53237921.6.1001.5335.
RESULTADOS: Houve prevalência do sexo masculino (56,3%; n=9). A média de idade foi de
11,13 ±4 anos e o tempo médio de tratamento foi de 7±2,9 meses. As neoplasias mais
prevalentes foram as leucemias (37,6%; n=6), seguido dos tumores de sistema nervoso central
(18,8%; n=3), sendo a quimioterapia a modalidade de tratamento mais empregada (43,8%; n=
7). Na avaliação da fadiga, o escore médio total do PEDSQL FD foi de 65,6±19,3. Já na análise
da qualidade de vida, o PEDSQL QV atingiu o escore médio de 69±13,3. Os domínios “cansaço
em relação ao sono” e “dor”, dos instrumentos fadiga e qualidade de vida, atingiram as menores
médias, 48,1±21,2 e 55,4±35,6, respectivamente. CONCLUSÃO: Os pacientes do presente
estudo apresentam escores que indicam sinais de aumento da fadiga e da redução da qualidade de vida,
corroborados por baixos escores em relação ao sono e à dor.

Área

Enfermagem

Autores

Lucas Paulo de Souza, Danielle Pletes dos Santos, Juliana dos Santos Barbosa, Daniele Botelho Vinholes, Ana Cristina Wesner Viana, Gisele Pereira de Carvalho