Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

QUALIDADE DE VIDA E FADIGA DE UM ADOLESCENTE EM TERMINALIDADE COM OSTEOSSARCOMA METASTÁTICO: RELATO DE CASO

Resumo

Apresentação do caso: Adolescente, sexo masculino com diagnóstico de osteossarcoma metastático em fêmur direito. A metástase foi evidenciada através de uma tomografia computadorizada, na qual identificaram-se nódulos pulmonares sólidos e distribuídos de forma bilateral, diagnosticada 10 dias após o diagnóstico do osteossarcoma. O paciente iniciou tratamento quimioterápico e radioterápico. Porém, 3 meses após, exames de imagem evidenciaram progressão da doença com numerosas lesões nodulares nas vértebras da cervical até a lombossacra, além do aumento dos nódulos pulmonares prévios, bem como o surgimento de nódulos secundários. Houve também o aumento do osteossarcoma, atingindo partes moles adjacentes. Durante todo o tratamento, o paciente apresentava queixas de dor e dificuldades de marcha, usando um andador para auxílio na deambulação. No entanto, somente 8 meses após o diagnóstico o adolescente foi incluído nos cuidados paliativos e aos 9 meses de tratamento e 1 mês em cuidados paliativos, o paciente evoluiu para óbito. Discussão: Trata-se de uma análise individualizada de um estudo maior com aprovação do comitê de ética em pesquisa sobre CAEE nº 53237921.6.1001.5335, na qual houveram a coleta de dados clínicos e aplicação dos instrumentos (versão brasileira): Pediatric Quality of Life InventoryTM versão Multidimensional Fatigue Scale (PEDSQL Fadiga) e versão Módulo Câncer versão 3.0 (PEDSQL QV). Na análise da fadiga, o domínio “cansaço em relação ao descanso/sono” com score de 58,33 pontos, evidencia que o adolescente apresentava dificuldade para descansar. Na análise da qualidade de vida, os domínios “dor” e “comunicação”, atingindo scores de 25 e 41,66 pontos, respectivamente, eram os principais fatores que reduziam a qualidade de vida do paciente. Comentários finais: A inclusão precoce deste paciente nos cuidados paliativos, poderia ter proporcionado um aumento da qualidade de vida e redução da fadiga desde o diagnóstico, além de contribuir para a elaboração do processo de luto na família. É importante a ampla discussão de casos como este, a fim de conscientizar as equipes de saúde sobre a importância dos cuidados paliativos e que estes devem ser adotados não somente na fase de terminalidade, mas sim desde o momento em que a condição de saúde é crônica, sem condições de cura e afeta a vida diária do paciente.

Área

Enfermagem

Autores

Lucas Paulo de Souza, Danielle Pletes dos Santos, Juliana dos Santos Barbosa, Ana Cristina Wesner Viana, Gisele Pereira de Carvalho