XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia

Dados do Trabalho


Título

Impacto da consulta inicial de enfermagem na adesão de pacientes submetidos a tratamentos ambulatoriais de radioterapia: Um modelo assistencial

Introdução

Os tratamentos ambulatoriais de radioterapia, apesar de serem de caráter menos complexo, comparados aos tratamentos que envolvem internação hospitalar, trazem na sua operacionalização características peculiares, como impactos e mudanças na rotina dos pacientes nos âmbitos, emocional, familiar e físico. Devido a necessidade de comparecimento diário, para a maioria dos indivíduos, essa nova rotina se relacionada a incapacidade, sofrimento lento e doloroso. A prática envolve constância e responsabilidade do paciente em tratamento e a implantação de um modelo assistencial padrão onde a consulta inicial de enfermagem ocorre impreterivelmente antes do início do tratamento, tem o papel de sensibilizar e educar o paciente quanto a importância da assiduidade, bem como auxilia-lo a tolerar as rotinas decorrentes das possíveis técnicas empregadas, a fim de que o paciente seja aderente ao tratamento, para que o mesmo seja concluído com êxito, obtendo a resposta esperada.

Objetivo

Analisar o principal impacto da implementação de um modelo assistencial padrão de atendimento de enfermagem em ambulatórios de radioterapia.

Método

Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, cujos dados foram coletados através de uma pesquisa de campo em quatro unidades ambulatoriais de radioterapia, em quatro estados brasileiros, sendo utilizados para tal, marcadores em formato de indicadores assistenciais, mensurando o absenteísmo de pacientes e a conformidade de atendimentos iniciais de enfermagem antes da execução do primeiro tratamento radioterapico. Os achados dos respectivos indicadores foram integrados para gerar os resultados.

Resultados

É possível afirmar que após a implantação do modelo assistencial padrão, onde a primeira consulta de enfermagem é realizada antes da primeira sessão de tratamento radioterapico, a taxa de absenteísmo passa a se comportar em crescente queda, podendo-se relacionar os meses onde há maior conformidade na abordagem de enfermagem com os meses com menor taxa de absenteísmo.

Conclusão

Defende-se a implantação de um modelo padrão de atendimento assistencial em ambulatórios de radioterapia, afim de gerar uma maior taxa de adesão aos tratamentos diários envolvendo radiações ionizantes, de modo que o enfermeiro assuma o protagonismo desde o acolhimento do paciente até a sua alta. Reafirma-se que a abordagem de enfermagem antes do início de tratamento traz maior esclarecimento ao paciente e seu familiar, minimizando angustias que possam acarretar no abandono da terapia proposta.

Palavras-chave

Radioterapia - Enfermagem - Modelo assistencial

Área

XVIII Encontro de Enfermeiros Oncologistas em Radioterapia

Autores

TANCE BOTELHO