XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia

Dados do Trabalho


Título

A Importância da Angiografia Cerebral nos Tratamentos de MAVs por Radiocirurgia Estereotáxica

Introdução

Malformação Arteriovenosa (MAV) é a referência anormal de uma conexão entre artérias e veias e que podem ocorrer em decorrências de diversas alterações patológicas. Em geral são assintomáticas e podem ser tratadas de quatro formas: tratamento expectante, embolização, cirurgia e, por fim, a radiocirurgia.

Objetivo

Explanar sobre a Radiocirurgia Estereotáxica Cerebral, destacando a importância da Angiografia Cerebral no diagnóstico e planejamento de tratamento radioterápico.

Método

Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em estudos exploratórios e descritivos, composto de artigos publicados em português e inglês, sem restrições de datas, nas principais bases de dados e plataformas, tais como Pubmed/MedLine, Lilacs, Bireme e Scielo, além de livros e site de associações de classe.

Resultados

As malformações intracranianas e medulares são as mais recorrentes, com uma prevalência de 15 a cada 100.000 habitantes adultos abaixo de 40 anos e uma incidência de 1,12 casos a cada 100.000 habitantes por ano, por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior serão as chances de resultados satisfatórios. O sistema estereotáxico possibilita obter coordenadas cartesianas nos três planos (X, Y e Z) e o principal objetivo da radiocirurgia estereotáxica no tratamento de malformações cerebrais é obliterar o nido, eliminando o risco recorrente de hemorragia futura. A conformação da dose ao formato do alvo garante a minimização dos riscos de toxicidade ou morbidade e a entrega máxima de dose na região de relevância clínica.

Conclusão

É possível notar que a Angiografia Cerebral demonstrou ser o padrão ouro referência no auxílio ao planejamento radioterápico. A radiocirurgia estereotáxica cerebral também apontou ser o modal mais eficaz e alternativo à cirurgia tradicional com menor índice de toxicidade e morbidade, alcançando a margem de 91% de assertividade e, por fim, que é preciso compreender a casuística e histórico patológico de cada paciente/cliente, tendo em vista que uma das adversidades presentes na radioterapia em tratamento à MAV são as ectasias e estenoses, que podem ou não, contribuir para a obliteração da malformação.

Área

XVII Encontro de Técnicos em Radioterapia

Autores

VITOR RENATO SOUSA LINS