XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia

Dados do Trabalho


Título

Primeiros passos para humanização no departamento de radioterapia

Introdução

Para tratamentos de neoplasias em crânio, cabeça e pescoço e em neuro-eixo, usa-se a máscara termoplástica para assegurar a imobilização do paciente. Para muitas pessoas, isso trás uma sensação de aprisionamento e acarreta situações de claustrofobia, atrapalhando muitas vezes o tratamento e em casos extremos precisando submeter o paciente para anestesia, esse cenário para pessoas adultas já torna-se delicado, pensando no cenário pediátrico, com um público mais vulnerável, pensou-se em de alguma forma, humanizar o atendimento e então, seguindo inspirações de atividades já realizadas por outros hospitais, resolvemos iniciar a customização das máscaras infantis.

Objetivo

Humanização das máscaras, com o intuito de trazer um cenário mais lúdico para a criança em tratamento com a personalização da máscara termoplástica.

Método

Em agosto de 2020 começamos a fazer testes em máscaras de descarte do departamento, obtivemos a aprovação da supervisora do departamento, a qual foi responsável pela intercomunicação com a equipe de controle de infecção hospitalar da unidade, onde recebemos a aprovação dos produtos usados para confecção da máscara personalizada, além de dosimetria realizada pela equipe de física.

Resultados

Ao iniciarmos os testes, já recebemos o apoio da supervisão, da equipe médica e técnica do departamento. Iniciamos customizando máscaras de descarte, onde testamos as tintas acrílicas, papel crepom, acessórios que podíamos usar sem que interferisse no tratamento do paciente, pensando em possíveis absorção pelos materiais. Realizamos a personalização de uma máscara com E.V.A., lã, papel, esparadrapo, dentre outros materiais e realizamos uma tomografia computadorizada com cortes de 3mm para sabermos a densidade desses materiais e possíveis impactos. A princípio o E.V.A foi autorizado pela equipe da física em até duas lâminas, com base na densidade apresentada pela tomografia, mas depois, foi realizada a dosimetria pela equipe da física e constatou uma absorção mínima, onde optamos por não usar E.V.A dentro e/ou próximo do campo de tratamento e sim, uso de materiais com espessuras mais finas como papel e esparadrapo. Após os testes, colocamos em prática, trazendo um ambiente lúdico para as crianças, com a aprovação dos pais em relação a personalização e sempre tentando fazer do personagem preferido do paciente.

Conclusão

Seguimos personalizando as máscaras, atentando-se para possíveis materiais com absorção e tentando trazer um atendimento mais humanizado para as crianças.

Palavras-chave

HUMANIZAÇÃO - RADIOTERAPIA - PERSONALIZAÇÃO

Área

XVII Encontro de Técnicos em Radioterapia

Autores

ANA PAULA SOUZA FREITAS, ANA CAROLINA LIRA, ROBERTA CLARO, KATIA C TRIGO MARTINIANO, EDER CARMO