Dados do Trabalho
Título
Viabilidade e Desfechos Iniciais da Telecirurgia em Urologia: Uma Revisão Sistemática da Literatura.
Resumo
Introdução: A telecirurgia proporciona o cirurgião a realizar procedimentos a longas distâncias do paciente, de qualquer lugar do mundo. Devido à escassez de dados, não se sabe ao certo a viabilidade disso, e por ser uma estratégia promissora, procuramos na literatura estudos que relataram a experiência da telecirurgia voltada para urologia. Objetivo: Além de uma revisão da literatura, buscar a taxa de sucesso cirúrgico e de forma secundária os principais desfechos clínicos do paciente e do sistema de rede. Métodos: Seguindo as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis) em junho de 2024 buscamos nas plataformas PubMed®, Embase® e Cochrane® para identificar estudos sobre realização de telecirurgia robótica urológicas em humanos. Foram excluídos editoriais, opinião de especialistas, telementorias, teletreinamentos, pequenos procedimentos, cirurgias não remotas, telecirurgias em não humanos ou cadáver, ausência de desfecho de interesses ou estudos com número de registro que possam gerar duplicação das amostras. Resultados: Identificamos 598 estudos, com revisão por pares e um terceiro revisor para discordâncias, ambos direcionados por critérios e inclusão e exclusão previamente estabelecidos, foram selecionados 6 estudos. Encontramos um total de 54 pacientes submetidos a telecirurgias do sistema genitourinário, ambas completamente finalizadas sem complicações ou necessidade de conversão para aberta. Quase todos os procedimentos foram realizados na China (98,14%) e o modelo robótico mais utilizado foi o MicroHand S (83,33%). O procedimento mais realizado foi nefrectomia (57%). O tempo cirúrgico foi de 66,25 (IQR) 56,62 minutos. O sangramento intraoperatório foi de 68,63 ± 76,70 mililitros. O tempo de internação hospitalar foi de 5,5 (IQR) 5 dias. A distância entre cirurgião principal e o paciente foi de 2.581,5 (IQR) 2.910 quilômetros. A rede mais utilizada foi 5G (98,14%). O tempo de latência total da rede foi de 171,04 (IQR) 46 milissegundos. Conclusão: Evidências apontam que a telecirurgia robótica no aparelho genitourinário pode ser realizada de forma segura, entretanto, é necessário estudos com amostras robustas para comprovar esta tese.
Palavras Chave
Telecirurgia; robótica; urologia.
Área
Geral
Categoria
Revisão sistemática/metanálise
Autores
Sávio Valadares Ferreira, Murilo Henrique Sugai, Guilherme Corrêa do Nascimento, Antonino Caetano de Souza Netto, Gustavo Colombo Cabrini, Fernando Martins Rodrigues, Cleverson Luiz Rocha D’ Avila, Geovanne Furtado Souza, Ricardo Vieira Zerati, Miguel Zerati-Filho