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Dados do Trabalho


Título

Doença de Peyronie: correlação entre o escore de disfunção erétil e os achados do Ultrassom Doppler de pênis com fármaco-indução

Resumo

Introdução: A Doença de Peyronie (DP) caracteriza-se por fibrose da túnica albugínea do pênis. Tem uma prevalência entre 0,4% e 9%, sendo mais comum em homens entre 50 a 60 anos. A disfunção erétil (DE) é um problema frequente, afetando de 30% a 70% dos homens com DP. Este diagnóstico é clínico, incluindo avaliação da deformidade peniana em ereção. A DE é avaliada clinicamente e através de um questionário específico, o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-15). O Ultrassom Doppler de Pênis (USDP) com fármaco-indução é utilizado para avaliar a função erétil e a deformidade peniana, fornecendo dados detalhados da anatomia e função hemodinâmica das artérias penianas.
Objetivo: Avaliar a função erétil nos pacientes com Doença de Peyronie
Métodos: Trata-se de um estudo transversal com pacientes do sexo masculino, com diagnóstico de Doença de Peyronie. Foram selecionados os pacientes com indicação cirúrgica (curvatura > 30 graus e curvaturas complexas), no período de janeiro de 2022 a janeiro de 2024. Foi aplicado o questionário específico e validado para avaliação da função sexual, o IIEF-15. Também foi realizado o USDP com fármaco-indução com Bimix (prostaglandina E1 20 mcg/ml + fentolamina 10 mg/ml). Foi utilizado o teste de correlação de Pearson adotando p<0,05.
Resultados: Foram avaliados 49 homens portadores de DP com idade que variou de 44 a 79 anos (média 59,86 anos). No IIEF-15, 67,35% (n=33) dos pacientes tiveram escore entre 6-25 pontos apresentando algum grau de DE no subdomínio de função erétil; 12,24% (n=6) entre 26-30 pontos; 20,41% (n=10) não tiveram relação sexual nos últimos 30 dias. Ao USDP com fármaco-indução, 67,35% (n=33) dos pacientes apresentaram o resultado normal, 6,12% (n=3) com disfunção arteriogênica e 26,53 (n=13) com disfunção venoclusiva. A avaliação da função erétil pelo IIEF-15 e resultados da USDP com fármaco-indução não demonstrou correlação (p=0.3424).
Conclusão: Pacientes com doença de Peyronie que apresentaram disfunção erétil pelo questionário não demonstraram correlação pela hemodinâmica peniana.

Palavras Chave

doença de Peyronie; Ultrassom doppler peniano;

Área

Geral

Categoria

Estudos transversais

Autores

Danilo Rocha Chavez Zambana , Januario Henrique de Souza, Marcos Paulo de Souza Carneiro, João Victor Fonseca Riberiro, Luiz Gustavo Miolaro de Mello, Guilherme Nesi França, Orlando Maranhão Gomes de Sá Neto , Carla Iasmin Lima Lemos, Archimedes Nardozza Junior , Matheus Brandão Vasco