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Dados do Trabalho


Título

Abordagem Laparoscópica Versus Robótica na Nefrectomia Parcial e do Doador Vivo

Resumo

INTRODUÇÃO: No contexto atual, métodos minimamente invasivos (técnica laparoscópica e assistida por robô) têm substituído a nefrectomia aberta, reduzindo o tempo operatório, a perda sanguínea, o tempo de internação, a dor pós-operatória e melhorando os resultados cosméticos. A técnica robótica está se destacando, com aumento de sua aplicação, o que vem gerando discussões à laparoscopia sobre qual seria a abordagem adequada na nefrectomia parcial e de doador vivo. OBJETIVO: Comparar os aspectos relacionados às técnicas minimamente invasivas no contexto da nefrectomia parcial e do doador vivo. MÉTODO: Revisão sistemática de artigos disponíveis na íntegra, publicados entre 2019 e 2024, na base de dados PubMed. Os descritores e seus equivalentes em inglês estão no DeCS/MeSH e foram manejados na ordem: “laparoscopia” AND “procedimentos cirúrgicos robóticos” AND “nefrectomia”. Foram encontrados 21 artigos em inglês e 8 foram selecionados para a revisão. RESULTADOS: Na nefrectomia de doador vivo, a laparoscopia se destaca pelo menor tempo operatório médio (127 minutos a menos), melhor preservação da função após um mês de análise (7% maior), menor perda sanguínea (diminuição de 29,35 ml) e menor tempo de isquemia quente menor. Com relação à nefrectomia parcial, a técnica assistida por robôs se associa há um tempo cirúrgico menor (redução de 50 minutos), perda sanguínea média menor (diferença de 59 ml), maior taxa de preservação da função renal após seis meses (4% superior) e menor taxa de conversão para nefrectomia radical. Em ambos os procedimentos, a técnica assistida por robôs apresenta um menor tempo médio de permanência hospitalar, maior diminuição de dor pós-operatória, menores taxas de complicações e de conversão para técnica aberta, entretanto não apresenta controle hemostático com pressão digital. Essas vantagens são potencializadas com a curva de aprendizado menor nessa técnica, melhor ergonomia e manobra dos equipamentos, além de proporcionar visão ampliada do campo cirúrgico. CONCLUSÃO: As técnicas minimamente invasivas já têm sido aplicadas como as técnicas-padrão da nefrectomia parcial e do doador vivo. A técnica assistido por robôs parece ser mais promissora, apresentando melhores resultados pós-operatórios e facilidades intra-operatórias, todavia a técnica laparoscópica permanece sendo a opção de escolha, pela sua maior acessibilidade e tempo de aplicação.

Palavras Chave

laparoscopia; Nefrectomia; Procedimentos cirúrgicos robóticos

Área

Geral

Categoria

Revisão sistemática/metanálise

Autores

Tales Mateus Rachor, Carolina Faccin Da Ros, Vítor Petry Thiele, Eduarda Henn, Marília Beling Gularte, Beatriz Cassel Corrêa, Elizandra Andréia Woyciekoski, Maria Carolina Hirsch, Júlia Beatriz da Silva Furtado, Paulo Roberto Laste